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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Clubes de investimentos crescem 91% neste ano e número de cotistas diminui
A criação de clubes de investimentos quase dobrou
no início deste ano na comparação com o ano passado.
De janeiro a abril, foram
criados 216 clubes, com aumento de 91% sobre igual período de 2009, segundo dados da BM&FBovespa. Esse
número, porém, está aquém
do registrado em 2008, quando foram abertos 370 clubes.
Os números são um claro
sinal da entrada de pequenos
investidores na Bolsa, segundo analistas.
"Cerca de 25% das pessoas
físicas aplicam na Bolsa via
clubes", diz Felipe Bichara,
da Banif Corretora.
O atual sobe e desce da Bovespa -reflexo do enfraquecimento da economia europeia- não tem influenciado
a decisão das pessoas.
"Quem entra em um clube
não tem o conceito de especulação. Ele quer comprar
uma ação e ganhar dinheiro
com o tempo", diz Bichara.
A tendência é de aumento
do número de clubes, segundo Mônica Saccarelli, da Link
Trade. "A participação da
pessoa física na Bolsa ainda é
muito pequena", diz ela.
Apesar do aumento do número de clubes, eles estão
sendo formados por menos
pessoas (veja quadro). Para
analistas, esse movimento
revela que cada vez mais os
clubes estão sendo constituídos por amigos ou familiares.
"Cerca de 70% deles têm
menos de 50 cotistas, sendo
que a legislação permite até
150", afirma Bichara.
Além disso, as regras para
a formação do clube ficaram
mais rígidas. "Antes vinham
sendo comercializados como
um fundo. E a finalidade não
é essa", diz Saccarelli.
MUDANÇA DE MARCHA
O novo presidente da
Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, diz que vai manter as
expectativas de produção e vendas para 2010,
apesar da recente perda
de fôlego do mercado.
A entidade estima
produção de cerca de
3,39 milhões de unidades para este ano e vendas de aproximadamente 3,4 milhões.
Os cálculos, segundo
Belini, já contemplavam a queda resultante
do fim do benefício do
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
reduzido.
Em maio, as vendas
de automóveis comerciais leves caíram na
comparação com o mês
anterior, segundo dados
preliminares que podem
sofrer reajuste nesta semana, após a consolidação dos números feita
pela Anfavea.
Em abril, os estoques
das montadoras tiveram
aumento de 20%.
"A princípio não temos nenhuma mudança
de previsão. Os números
permanecem", diz.
Empresa alemã conclui compra de fornecedor do setor férreo
A GMH Brasil, subsidiária
alemã, concluiu a compra de
100% das ações e dos ativos
da MWL Eixos e Rodas, fornecedora para fabricantes de
trens. O valor da aquisição foi
de US$ 80 milhões (cerca de
R$ 149 milhões). A compra já
foi aprovada pelo Cade. Após
o fechamento da operação, a
GMH Brasil será incorporada
à MWL. O grupo GMH, que
ainda não possuía participação acionária em empresas
no Mercosul, pretende expandir os negócios no Brasil,
onde o setor férreo está em
grande expansão.
Reforço no exterior 1 O
Ministério das Relações Exteriores quer reforçar a sua presença comercial fora do país,
com a abertura de escritórios
em cidades-chave para as relações com o Brasil. Na lista, estão novos endereços na Turquia, na China, em Hong Kong
e no Vietnã.
Reforço no exterior 2
"Reativamos 19 Secoms [Setor
de Promoção Comercial] neste
ano, como os de Roma e Beirute. Hoje são 84 em 70 países",
afirma Norton Rapesta, diretor
do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos
do ministério. O Secom é uma
espécie de escritório comercial
em embaixadas ou consulados brasileiros.
A VINDA DE BERLUSCONI
Depois de alguns adiamentos, o premiê italiano,
Sivio Berlusconi, virá no dia
29, a São Paulo, para se encontrar com o presidente
Lula. Ele trará uma comitiva
de executivos, dentre eles os
presidentes da TIM e da Tecnimont (de informatização e
engenharia civil). Na pauta
de negócios, encontros com
os setores de máquinas e
equipamentos, têxtil, agrícola, plástico, náutico, de
vidro e de alimentos, entre
outros. "Como o Brasil está
em ótima fase, o otimismo
do empresário sobe. Não foi
sempre assim o interesse na
Itália", diz Giovanni Sacchi,
presidente do Instituto Italiano para o Comércio Exterior. De janeiro a abril deste
ano, foram US$ 10 bilhões
de intercâmbio entre Itália e
Brasil. Em 2009, as exportações brasileiras caíram 36%.
O deficit comercial da balança em relação à Itália é de
mais de US$ 300 milhões.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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