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commodities
Oferta de cobre crescerá 24% até 2014
Capacidade de produção mundial deve atingir 24 milhões de toneladas, segundo grupo de estudo do metal
No Brasil, oferta das minas vai quase dobrar no período, mas país ainda representará
só 2% da oferta global
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
A capacidade de produção
mundial de cobre deve crescer 24% até 2014, quando deve atingir 24,2 milhões de toneladas, segundo estimativa
do ISCG (grupo internacional
de estudo de cobre).
O percentual representa
uma expansão de 4,7 milhões de toneladas na capacidade em relação à produção
mundial de 2009, que foi de
19,5 milhões de toneladas.
O estudo foi feito com base
em instalações existentes e
em projetos com potencial de
produção já anunciado.
O Brasil é um dos países
nos quais está concentrada a
maioria dos novos projetos e
expansões, ao lado de Chile
-maior produtor de cobre do
mundo-, Peru, EUA, Congo,
Mongólia e Zâmbia.
Juntos, esses países representam cerca de 72% do aumento de capacidade previsto para os próximos anos.
Só no Brasil, o potencial de
produção da commodity vai
praticamente dobrar até
2014, passando de 250 mil toneladas em 2009 para 475
mil toneladas em 2014.
Apesar do avanço, a participação do país na capacidade global de produção vai subir pouco, de 1,3% para 2%.
"A expansão no Brasil é
bastante significativa para o
país, mas não chega a afetar
o mapa global de oferta de
cobre", diz Ana Rebelo, chefe
de estatística do ISCG, instituição com sede em Lisboa.
AVANÇO AFRICANO
Entre as novas fronteiras
de produção, o grande destaque está na África, que vai
adicionar 800 mil toneladas
de capacidade até 2014.
"Desde 2000, a região, que
é uma das mais ricas em cobre no mundo, recebeu uma
boa quantidade de investimento estrangeiro", diz a especialista do ISCG.
A Vale é uma das empresas que aposta no continente. A empresa formou uma
joint venture com a African
Rainbow Minerals para um
projeto de exploração de cobre na Zâmbia, com capacidade estimada em 45 mil toneladas por ano e início de
produção previsto para 2013.
A brasileira também tem
um novo projeto no Chile,
país que manterá a liderança
na oferta mundial de cobre,
com uma capacidade adicional de 1 milhão de toneladas
nos próximos quatro anos.
No ano passado, o país latino poderia ofertar, em plena capacidade, 6 milhões de
toneladas da commodity.
Já o Peru deve ultrapassar
os Estados Unidos na segunda posição, com uma capacidade de 2,2 milhões de toneladas em 2014, ante 2 milhões de toneladas dos norte-americanos.
DEMANDA CHINESA
Se os países latinos, africanos e os Estados Unidos serão responsáveis pelo aumento da oferta de cobre nos
próximos anos, a China garantirá a maior demanda.
A capacidade de refino de
cobre naquele país aumentará das 4,7 milhões de toneladas registradas no ano passado para 6,7 milhões de toneladas em 2014.
"O mundo vai precisar
produzir muito cobre para
responder a esse aumento de
demanda e a sucata terá de
ser mais reaproveitada", comenta Ana Rebelo.
Hoje, a China produz cerca
de 1 milhão de toneladas de
cobre para as refinarias locais, que usam sucata como
matéria-prima na proporção
de 30% do total de insumos.
No mundo, a capacidade
de refino atingirá 27,8 milhões de toneladas em 2014,
um crescimento de 18% em
relação a 2009.
Metade dessa expansão
ocorrerá na China. Índia, Indonésia e Irã também terão
contribuição relevante para
esse avanço.
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