São Paulo, segunda-feira, 07 de novembro de 2011

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BÚSSOLA

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Como funciona o investimento em fundos voltados para a construção?

RESPOSTA DE RICARDO MOLLO, PROFESSOR DO INSPER - Com a expectativa de queda dos juros, os fundos imobiliários se tornaram uma boa alternativa de diversificação de investimentos sem efetivamente investir-se em um imóvel.
Hoje mais de 45 mil cotistas investem cerca de R$ 10 bilhões nos mais de 60 fundos imobiliários regulamentados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no Brasil. Eles estão disponíveis para compra na Bolsa por meio das corretoras.
Geralmente são constituídos para captação de recursos destinados ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários como hotéis, flats, shoppings, prédios comerciais e centros de distribuição.
O investidor ganha com a remuneração dos aluguéis dos imóveis e com a venda futura de suas cotas valorizadas. Alguns fundos dão isenção de IR sobre os rendimentos dos aluguéis. Sempre há, porém, tributação de 20% sobre o ganho na venda das cotas.
Com a evolução acelerada da economia do país, a demanda por imóveis comerciais nas grandes capitais tem aumentado consideravelmente, especialmente no segmento de alto padrão, o que incentivou diversos lançamentos de fundos imobiliários nos últimos anos.
Esse tipo de aplicação dá um suposto conforto aos investidores em razão da propriedade dos imóveis, mas os rendimentos não são garantidos e têm riscos diferentes.
Como o rendimento se dá pelo uso do imóvel, é importante analisar os riscos da não utilização e da inadimplência.
Alguns fundos têm contratos de aluguel de longo prazo com companhias, o que mitiga os riscos. Fundos que possuem imóveis como hotéis e shoppings, porém, dependem da sua ocupação e das vendas, ou seja, a qualidade do imóvel e fatores econômicos podem afetar o rendimento do fundo.

EU INVISTO EM
"Eu não suporto dívidas, então só compro o que eu tenho dinheiro para pagar hoje. Quando sobra um pouquinho, eu aplico em renda fixa até ter o suficiente para realizar um sonho, que pode ser uma viagem, um carro novo..."
DANI FREITAS,
Apresentadora


RENDA FIXA
Tenho um investimento num fundo de renda fixa atrelado a um índice de preços, com taxa de administração de 2% e rendimento médio de 13%. Quero colocar uma boa parte da poupança nesse fundo. É recomendável? Consigo economizar R$ 1.200 por mês e quero juntar R$ 100 mil para dar entrada num imóvel.
J.P.M , de São Paulo

RESPOSTA - Uma boa prática para mitigar riscos é a diversificação. Isso nem sempre é possível quando avaliamos as melhores taxas, mas por conservadorismo devemos tentar.
Fundos atrelados à inflação ou a índices de preços geralmente apresentam um rendimento melhor que o dos fundos tradicionais de renda fixa em momentos de alta da inflação. Em épocas de retração da economia, contudo, podem apresentar rendimentos menores.
O fundo citado tem uma taxa de administração razoável, mas o rendimento, que parece ser bom, deve variar. Com aportes mensais de R$ 1.200, supondo que a taxa média de 13% ao ano se mantenha, você conseguirá juntar R$ 100 mil em cerca de 60 meses.

DIVIDENDOS
Posso considerar a remuneração de dividendos um tipo de investimento? É uma boa opção?
G.B.C, de São Paulo

RESPOSTA - As empresas abertas são obrigadas por lei a distribuir anualmente no mínimo 25% dos seus lucros via dividendos a acionistas. Não se trata de um investimento, mas uma remuneração daqueles que detêm as ações. Dessa forma, o resultado deve considerar a soma dos dividendos recebidos com o ganho resultante da venda das ações.
A política de distribuição varia de acordo com a necessidade de investimento de cada empresa: quanto mais maduras e lucrativas, maior a tendência de distribuir dividendos. Os setores energético, bancário e de telecomunicações são os que tradicionalmente pagam mais dividendos.


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