São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Rio Tinto oferece US$ 3,5 bi pela Riversdale Projetos de carvão da mineradora na África devem atrair outras propostas, dizem analistas DA REUTERS A mineradora anglo-australiana Rio Tinto apresentou uma oferta de US$ 3,5 bilhões pela rival focada na África, a Riversdale Mining. Isso pode desencadear uma guerra de ofertas, considerando que a Riversdale possui projetos de carvão coque em Moçambique que poderiam suprir de 5% a 10% do mercado global dos principais produtos siderúrgicos. A Vale é vista por analistas como a mais provável a fazer uma oferta rival, considerando que a companhia brasileira já possui minas de carvão no entorno de Moçambique. A indiana Tata Steel, principal acionista da Riversdale, é apontada como candidata a uma proposta. Xstrata, Anglo American e Peabody Energy também estariam interessadas. O quarto maior acionista da Riversdale, a empresa de investimentos australiana LinQ Management, espera que a companhia seja fortemente disputada, dada a escassez de ativos de carvão coque de qualidade e a aquecida demanda de China e Índia pela commodity. "Achamos que há vasto potencial de crescimento para qualquer interessado em comprá-la", afirmou Clive Donner, diretor da LinQ Management. No domingo, o jornal britânico "The Sunday Telegraph", citando fontes anônimas, afirmou que a Rio Tinto ofereceu cerca de 15 dólares australianos por ação da Riversdale, avaliada em 3,5 bilhões de dólares australianos (US$ 3,48 bilhões), prêmio de apenas 6% sobre a cotação de fechamento das ações da empresa na sexta. Ao confirmar a informação, a Riversdale sugeriu estar em conversações com outras companhias. "Enquanto as negociações com a Rio Tinto têm prosseguimento, não há garantia de que essa ou qualquer outra parte seguirá adiante com qualquer proposta", afirmou a mineradora australiana. A Rio Tinto se recusou a comentar o comunicado. O negócio marcaria a primeira aquisição significativa da Rio Tinto desde a compra da Alcan por US$ 38 bilhões, ocorrida no auge do boom das commodities em 2007. A Rio terá que pagar bem mais que 3,5 bilhões de dólares australianos (US$ 3,48 bilhões) para ganhar apoio dos três principais acionistas da Riversdale: Tata Steel, Companhia Siderúrgica Nacional (que até o início do ano possuía cerca de 16,3% da empresa) e o fundo de hedge Passport Capital, que, juntos, têm mais da metade da empresa, disseram analistas. O projeto Zambeze da Riversdale possui 9 bilhões de toneladas de recursos certificados, uma das maiores reservas não desenvolvidas de carvão coque no mundo. A empresa também detém 65% do projeto vizinho Benga. A companhia finaliza um acordo para dar à chinesa Wuhan Iron & Steel uma participação de 8% na mineradora e de 40% no projeto Zambeze, o que representa um potencial obstáculo para a oferta da Rio Tinto. Texto Anterior: Commodities: Lula quer construir estaleiro em Araçatuba Próximo Texto: Análise/Citros: Citricultura deve aproveitar o momento propício para combater ameaças ao setor Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |