São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Açúcar remunera até custos com investimento A safra de cana caminha para o final e os números mostram que, pela primeira vez desde a safra 2006/7, usinas e produtores de cana-de-açúcar terão rendimento superior tanto aos custos de produção como aos com investimentos de capitais nesta safra. Oferta menor de açúcar nos principais fornecedores mundiais e demanda externa aquecida deram sustentação aos preços. Essa sustentação aos valores do açúcar e do álcool é que permite uma boa remuneração a usinas e a produtores, segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica. Os preços médios do ATR (taxa de açúcar recuperável na cana) deverão ficar próximos de R$ 0,38 por quilo neste ano, segundo o diretor. Além de esse preço ser superior ao do ano passado, o rendimento da cana também será maior, atingindo 142 quilos de ATR. As usinas dedicadas apenas à produção de açúcar podem pagar até R$ 60 por tonelada de cana fornecida por produtores, tomando como base os preços de negociação da commodity. Já as que se dedicam à produção de álcool devem remunerar em R$ 47 por tonelada de cana. Com isso, os preços médios da tonelada de cana pagos aos produtores -tomando como base açúcar e álcool- ficam entre R$ 53 e R$ 55, segundo Padua. Os custos operacionais estão próximos de R$ 40 nesta safra, segundo ele. A situação é bem mais tranquila para as usinas voltadas para a produção de açúcar, mas as dedicadas apenas ao álcool podem complementar as receitas com a cogeração de energia. Na escala de produção das usinas, o álcool hidratado é o que menos está remunerando, segundo Padua. Ritmo lento A exportação do agronegócio perdeu ritmo nesta primeira semana do mês. Carnes, açúcar, café, fumo e suco renderam menos do que em novembro, mostra a Secex. Maiores quedas Suco de laranja e fumo perderam 25% das receitas obtidas no mês passado, enquanto as exportações de carnes somaram US$ 54 milhões por dia útil, 2% menos do que em novembro. Explosão Já o leite mantém caminho inverso. Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 3,2 milhões por dia útil, 75% acima do valor de novembro e 302% acima do de 2009. Mãos trocadas Nova York teve um dia de altas ontem, com suco de laranja e cacau subindo 5%. Já em Chicago, a tendência foi de baixa. A soja caiu 1%. Futuro As negociações futuras na BM&FBovespa somaram 310 mil contratos em novembro, 75% acima do volume de igual mês do ano anterior, mas 13% inferior ao de outubro. As negociações financeiras atingiram R$ 9,9 bilhões, 149% acima dos valores de novembro de 2009. OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Mercado Interno ARROZ (Reais por saca) 25,89 FEIJÃO (Reais por saca) 89,00 Nova York CAFÉ (cent.de dólar)* 208,65 AÇÚCAR (cent.de dólar)* 29,01 * por libra-peso Texto Anterior: Análise/Citros: Citricultura deve aproveitar o momento propício para combater ameaças ao setor Próximo Texto: Fundos da Ásia compram 19% do Pactual Índice | Comunicar Erros |
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