São Paulo, domingo, 08 de maio de 2011

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"Adrenalina" e novos desafios atraem profissionais a empresas

DE SÃO PAULO

Os profissionais que miram oportunidades em pequenas e médias empresas querem a possibilidade de empreender mesmo em uma companhia que não é sua.
"Muitos querem liberdade para dar ideias e sentir a adrenalina de fazer algo diferente", diz Gustavo Costa, da consultoria Hays Brasil.
Carlos Padula, 48, atual diretor-geral da Hope, está nessa categoria de executivos.
No fim de 2010, quando trabalhava na malharia Puket, foi convidado a ir para uma varejista com receita de mais de R$ 1 bilhão, mas preferiu atuar na profissionalização da gestão da Hope.
"Grandes empresas poderiam me oferecer desafios interessantes, mas dificilmente eu conseguiria participar de todas as etapas", diz.
No ano, a Hope espera faturar R$ 220 milhões e expandir operações.
Outros três executivos de liderança fizeram o mesmo trajeto, saindo de empresas como Nike e Caloi.
O Sebrae-SP identifica uma tendência de ex-executivos que iniciam negócios. Para cada empresa criada pela necessidade de sustentar o fundador, surgem duas por novas oportunidades.
"Entre os jovens de 25 a 34 anos, a relação é de 3,4 para cada uma", diz Bruno Caetano, diretor do órgão.

PROJETOS PESSOAIS
É comum executivos nessa idade desengavetarem projetos pessoais. Cyntia De Labio, 36, deixou a Accenture para abrir uma grife infantil chamada Peixe Amarelo.
Com foco no público A e B, a empresa está em processo de expansão e em 2012 deve faturar R$ 250 mil.
"Não foi fácil abrir mão de uma carreira com grande potencial de crescimento", diz.
A decisão é bem-vista pelo mercado, mesmo que as cifras iniciais sejam inferiores aos salários.
"É cada vez mais comum executivos abreviarem sua estada em multinacionais para se dedicarem a "startups" [empresas iniciantes]. Isso é visto como um movimento natural de carreira", diz Jairo Okret, da Korn/Ferry Internacional.
(CF)


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