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Camargo investe R$ 14 bi em cimento
Grupo anuncia expansão no Brasil e no exterior até 2014 e pretende ficar entre as dez cimenteiras do mundo
Novo programa de investimento prevê expansões, novas fábricas e aquisições, sobretudo na África
DE SÃO PAULO
O Grupo Camargo Corrêa
anunciou um megaplano de
investimento na operação de
cimentos até 2014.
O pacote envolve aporte de
R$ 14 bilhões nos próximos
quatro anos, o que já inclui
os R$ 3,5 bilhões gastos na
aquisição de 33% do capital
da Cimpor (Cimenteira de
Portugal), operação realizada no início do ano.
O programa de investimento representa nova escala nas apostas do grupo nesse negócio. De 2005 a 2009,
os investimentos da divisão
de cimentos foram de R$ 810
milhões.
O plano inclui expansão
das unidades atuais, construção de novas fábricas (inclusive no Norte do país) e
aquisição de marcas no Brasil e, principalmente, na África. O objetivo estratégico do
grupo é preparar a companhia para ser uma das dez
maiores cimenteiras do mundo. Hoje, está entre as 20.
O anúncio é uma resposta
da Camargo Corrêa ao plano
de investimento da líder Votorantim, que anunciou a
construção de oito fábricas
no Brasil.
No Brasil, a previsão de
crescimento no consumo de
cimento (de 7% no início do
ano) já foi revista para 15%,
ou o consumo de 57 milhões
de toneladas neste ano. Só a
divisão de cimentos da Camargo Corrêa receberá mais
da metade dos investimentos
previstos pelo grupo, cifra de
R$ 27 bilhões.
A decisão foi aprovada no
Conselho de Administração
do grupo CC e baseou-se na
perspectiva de abertura e
crescimento do mercado africano e no novo ciclo de crescimento do Brasil.
"O grupo olha tudo o que
vai acontecer no Brasil. E
chegamos à conclusão de
que o crescimento obtido até
agora ocupou toda a infraestrutura disponível. O crescimento do país precisará necessariamente de uma nova
infraestrutura", diz José Édison Barros Franco, presidente do Conselho da Camargo
Corrêa Cimentos.
EXPANSÃO
A atividade de cimentos
do grupo, terceira no Brasil
com a marca Cauê e primeira
no ranking na Argentina com
a Loma Negra, elevará a capacidade de produção para
28 milhões de toneladas por
ano. Hoje, as 16 fábricas em
operação no Brasil e na Argentina têm potencial para 15
milhões de toneladas.
Em vendas efetivas, a Camargo crê que o crescimento
esperado seja suficiente para
dobrar o volume de cimento
vendido pelo grupo no mundo, de 11 milhões para 22 milhões de toneladas.
Essa previsão, entretanto,
não considera ainda a produção e a venda da Cimpor (Cimenteira de Portugal). Até
setembro, o Grupo Camargo
Corrêa, responsável pela
compra das ações, deverá
transferir os ativos para a
subsidiária de cimentos.
Franco explica que o plano
de investimento da Cimpor
ainda não foi definido. O assunto é discutido entre os
acionistas.
(AGNALDO BRITO)
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