DE SÃO PAULO

Depois de ficar fora do mercado formal de trabalho por 12 anos, a ex-vendedora de material odontológico Rosa Maria da Silva Ferreira está em busca de uma vaga.
Com ensino médio completo, três filhos e 38 anos de idade, ela decidiu procurar uma vaga para ajudar a custear os gastos com educação e saúde de sua família.
"Trabalhei informalmente vendendo perfumes, roupas, mas cansei de ficar sem carteira assinada. Minha meta é uma vaga no setor de educação ou hospitalar, porque tenho planos de fazer faculdade nessa área e são setores com jornada menor", afirma.
A maior dificuldade, segundo a ex-vendedora, é encontrar um emprego que tenha uma jornada de seis horas diárias, requisito necessário para conseguir conciliar os cuidados com a família e com o trabalho.
"Só tenho encontrado vagas com turnos de revezamento. Não posso trabalhar uma semana pela manhã, outra à tarde e outra à noite."
Outro fator que atrapalha, segundo ela, é a idade. "As empresas oferecem vagas para quem tem no máximo 29 anos. Já me cadastrei em 300 empresas e quatro sites de busca. A demanda é sempre por gente mais jovem. E, de preferência, sem filhos."
(CR)


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