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Copa muda hábito de consumo, gera promoções e reduz IPCA
Variação é a menor desde o último Mundial, há quatro anos
PEDRO SOARES
DO RIO
A Copa do Mundo mudou
o padrão de consumo das famílias e ajudou a conter a inflação em junho. O mês no
qual teve início a competição
registrou o menor IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) em quatro anos.
Referência para o regime
de metas de inflação, o índice
ficou estável no mês passado
após avançar 0,43% em
maio. Trata-se da menor variação desde a deflação de
0,21% em junho de 2006,
quando foi disputada a Copa
do Mundo passada.
Segundo o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula alta de
4,84% e, no ano, de 3,09%.
A Copa fez crescer o consumo de itens como camisetas,
bandeiras, alimentos preparados, bebidas e carnes, e os
comerciantes fizeram promoções para atrair clientes e
aumentar as vendas.
"A Copa muda a rotina das
famílias, que deixam de comer em casa, por exemplo.
Em dias de jogos do Brasil é
quase feriado. É sempre um
mês de muitas promoções",
disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE.
Para ela, a Copa aumentou
a queda de 0,90% nos preços
dos alimentos em junho. Produtos consumidos nos dias
de jogos foram os que mais
ajudaram a segurar o IPCA.
Fábio Romão, da LCA, vê
uma desaceleração natural
dos preços dos alimentos,
que dispararam no começo
do ano por conta do clima e
agora retornam à normalidade. "Daqui para o final do
ano, a evolução seguirá o esperado sazonalmente."
Além dos alimentos, a
queda dos preços da gasolina
(-0,76%) e do álcool (-5,41%)
motivou a deflação de 0,21%
do grupo de transportes e
também contribuiu para o IPCA medido no mês passado.
O cenário favorável, porém, não tende a se repetir
neste mês, quando há reajuste de energia elétrica em São
Paulo e no Paraná, tarifas
com peso na cesta do índice.
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