São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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Mato Grosso busca novas variedades

RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

De olho em um mercado que hoje é abastecido principalmente por importações da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, o Estado de Mato Grosso intensificou as pesquisas sobre variedades de trigo adaptadas ao clima e ao ciclo de produção das lavouras da região.
Dez campos experimentais são hoje monitorados por técnicos da Empaer (Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural).
A estimativa dos pesquisadores é que mais de 1 milhão de hectares no Estado sejam adequados para receber a cultura.
O trigo é visto como alternativa ao período de vazio sanitário (15 de junho a 15 de setembro), quando é proibido o plantio de soja irrigada.
A expectativa é conseguir, em um primeiro momento, a autossuficiência no mercado interno, que hoje consome 10 mil toneladas de farinha, das quais apenas 30% são de origem local. O potencial é superior a 2 milhões de toneladas, quase metade da atual produção brasileira.
"No futuro, podemos ser exportadores. Por enquanto, o objetivo é atender a demanda interna", diz Hortêncio Paro, agrônomo da Empaer e coordenador da CTT (Câmara Técnica do Trigo).
Mato Grosso tem duas áreas de produção. Em Lucas do Rio Verde foram plantados 240 hectares de trigo irrigado. Na região da divisa com Goiás foram 30 hectares da variedade de sequeiro (sem irrigação).


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