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Mato Grosso busca novas variedades
RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
De olho em um mercado
que hoje é abastecido principalmente por importações da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, o Estado de Mato Grosso intensificou as pesquisas sobre
variedades de trigo adaptadas ao clima e ao ciclo de
produção das lavouras da
região.
Dez campos experimentais são hoje monitorados
por técnicos da Empaer
(Empresa Mato-Grossense
de Pesquisa, Assistência e
Extensão Rural).
A estimativa dos pesquisadores é que mais de
1 milhão de hectares no Estado sejam adequados para receber a cultura.
O trigo é visto como alternativa ao período de vazio sanitário (15 de junho a
15 de setembro), quando é
proibido o plantio de soja
irrigada.
A expectativa é conseguir, em um primeiro momento, a autossuficiência
no mercado interno, que
hoje consome 10 mil toneladas de farinha, das quais
apenas 30% são de origem
local. O potencial é superior a 2 milhões de toneladas, quase metade da
atual produção brasileira.
"No futuro, podemos
ser exportadores. Por enquanto, o objetivo é atender a demanda interna",
diz Hortêncio Paro, agrônomo da Empaer e coordenador da CTT (Câmara
Técnica do Trigo).
Mato Grosso tem duas
áreas de produção. Em Lucas do Rio Verde foram
plantados 240 hectares de
trigo irrigado. Na região da
divisa com Goiás foram 30
hectares da variedade de
sequeiro (sem irrigação).
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