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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Oferta de boi é menor do que se previa em MT
A Acrimat (Associação dos
Criadores de Mato Grosso) divulga hoje, em Cuiabá, um
estudo que pode deixar os frigoríficos apreensivos.
Um balanço da oferta de
gado no Estado, resultado de
um trabalho elaborado pelo
Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), com a coordenação
da Acrimat, aponta que o Estado tem apenas 1,54 milhão
de cabeças de gado na idade
de 36 meses para abate neste
ano.
O problema é que os abates avançam em ritmo acelerado e 1,17 milhão desses animais já foi abatido de janeiro
a maio.
Os abates de machos com
idade superior a 36 meses
neste ano já superam em
20% os de igual período de
2009. Já o abate total acumula 1,9 milhão de cabeças, 13%
a mais do que em 2009.
O ano passado foi um período difícil para o setor devido aos sérios problemas financeiros de vários frigoríficos. Muitos, inclusive, interromperam os abates.
Se o cenário é ruim para
este ano, não melhora para
os próximos. Os dados do estudo apontam que o gado
acima de 36 meses disponível em 2011 é de apenas 1,24
milhão de cabeças.
Para 2012, a oferta é 1,1 milhão, recuando para 1,04 milhão de animais em 2013. Esses números ficam bem abaixo de 2007, quando o Estado
abateu 1,8 milhão de cabeças
acima de 36 meses.
A oferta de gado em Mato
Grosso é importante porque
o Estado tem o maior rebanho nacional, somando 27
milhões de cabeças.
A capacidade de abate de
Mato Grosso é de 5 milhões
de cabeças por ano. Em 2009,
foram abatidos 4,2 milhões
de animais.
Essa redução na oferta de
boi ocorre devido ao descasamento dos preços no setor. O
preço do bezerro, que caiu
forte há quatro anos, fez os
pecuaristas aumentarem o
abate de fêmeas, o que reflete
atualmente na oferta de bois.
A Acrimat deverá divulgar
hoje um histórico dessa relação preço-oferta e as perspectivas de médio e longo
prazos para o setor.
Mais com menos O
Brasil gastou US$ 66,5 milhões nas importações de leite da Argentina nos cinco
primeiros meses deste ano,
conforme dados do governo
argentino. Esses gastos superam em 2,2% os de igual
período do ano anterior.
Abaixo Apesar da alta
nos gastos, o volume de importações foi bem menor.
Até maio, as compras brasileiras somaram 14,3 mil toneladas, 34% menos do que
no mesmo período de 2009.
O preço médio subiu 54%,
para US$ 3.256 por tonelada.
Pressão agrícola Os
preços agrícolas subiram
0,46% no atacado em junho,
segundo o IGP da FGV. Em
maio, a alta foi de 0,19%. Soja (2,78%), café (6,01%) e
carne bovina (3,51%) lideraram os aumentos.
Escalada Menor quantidade de animais para abate e
a semana de pagamento de
salários voltaram a elevar o
preço do frango em São Paulo. Ontem, o quilo da ave viva foi cotado a R$ 1,55.
Vizinhos A América do
Sul está comprando mais café do Brasil. O volume exportado para a região cresceu
45% no primeiro semestre,
para 791 mil sacas. A receita
subiu 95%, para US$ 127 milhões, segundo o Cecafé.
Maior cliente Apesar de uma queda de 7% no volume importado, a Alemanha
ainda é o maior comprador
do café brasileiro. De janeiro
a junho, o país comprou 2,7
milhões de sacas de café do
país.
Com TATIANA FREITAS e KARLA DOMINGUES
FEIJÃO
Resgate de semente eleva produtividade
A preservação de sementes
antigas pode ajudar o agricultor a obter boa produtividade. A Emater-RS estimulará os produtores de feijão a
guardar sementes que não
serão usadas nesta safra. As
variedades podem não ser
produtivas agora, mas em
outro ambiente ou clima.
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