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mercado em cima da hora
Estatal do pré-sal é aprovada no Senado
Pré-Sal Petróleo S.A. vai gerir a exploração do petróleo na área e administrar os contratos de partilha de produção
Segundo o governo, estatal será pequena
e terá no máximo 130 funcionários; mandato de conselheiros será fixo
DE BRASÍLIA
O Senado aprovou ontem
a criação da Pré-Sal Petróleo
S.A. (PP-SA). A nova estatal
vai gerir a exploração do petróleo na área do pré-sal. A
intenção do governo era que
o nome da nova estatal fosse
Petro-Sal, mas já existe uma
empresa com esse nome no
Rio Grande do Norte.
De acordo com o governo,
a estatal será pequena, com
poucos funcionários (no máximo 130). Seus conselheiros
terão mandato fixo e os diretores terão que passar por período de quarentena ao deixar a empresa.
Assim que começar a ter
receita própria com a exploração do pré-sal, os funcionários da nova estatal vão receber salários regulados pelo
mercado do petróleo. Isso já
acontece na Petrobras, que
paga cerca de R$ 60 mil mensais a cada um dos diretores.
Na votação de ontem, houve acordo entre os partidos. A
oposição (DEM e PSDB) votou simbolicamente contra.
A nova estatal terá a responsabilidade de administrar os contratos de partilha
de produção negociados pelo Ministério de Minas e Energia, além da gestão dos contratos para comercialização
de petróleo e gás da União.
Terá sede em Brasília e escritório no Rio de Janeiro e representará a União nos consórcios e nos comitês que deverão ser criados para gerir
os diferentes contratos de
partilha do petróleo explorado na região do pré-sal. A empresa não participará da venda do petróleo.
No regime de partilha, que
será o usado para a exploração da camada pré-sal, a
União fica com parte do petróleo e do gás extraído, pela
empresa ou consórcio, depois de abatidos os custos de
produção. O governo fará licitação para escolher uma
empresa para vender o petróleo que caberá à União.
QUATRO PROJETOS
A criação da estatal foi o
segundo projeto dos quatro
do pré-sal aprovados pelo Senado. O primeiro foi o da capitalização da Petrobras, que
já foi sancionado pelo governo. O Senado já aprovou o
projeto que cria o Fundo Social do pré-sal, mas, como
houve modificações no texto, ele voltou para a Câmara.
Entre as modificações feitas pelo Senado, está a mudança na distribuição de royalties, com prejuízo para os
Estados produtores de petróleo, que terão perda de recursos se os deputados mantiverem a modificação.
O governo tentou deixar a
discussão sobre royalties para depois das eleições, mas
emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) restabelece
mudança aprovada pela Câmara em outro projeto sobre
o pré-sal e que ainda não foi
discutido pelos senadores.
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