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Investidores procuram empresários "flexíveis"
Empreendedor precisa fazer concessões a novos parceiros com "desapego"
Mudar plano de negócios, estudar viabilidade e até trocar nome da empresa fazem parte da acomodação
Eduardo Anizelli/Folhapress
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Flávio Pripas, sócio da byMK, rede social dedicada à moda
DE SÃO PAULO
Com a efervescência dos
fundos de capital de risco no
país, os criadores de companhias iniciantes precisam
aprender rapidamente a lidar
com os parceiros, especialmente na estruturação de um
plano de negócios.
"Ser apaixonado por uma
ideia é bom, mas é necessário
pesquisa para identificar a
viabilidade do negócio de
forma que o investidor fique
convencido", diz Carlos Guil-laume, diretor da Confrapar.
Aprender rapidamente como vender sua ideia foi a tarefa imposta aos sócios Flávio Pripas, 33, e Renato Steinberg, 32, criadores da byMK,
primeira rede social dedicada à moda, que recebeu uma
proposta de investimento em
abril, antes das apresentações formais aos fundos.
"Rapidamente precisamos
nos inteirar de detalhes como
o valor da empresa e o que estávamos pensando para o negócio", diz Pripas.
As conversas não vingaram e, então, Pripas e Steinberg, ambos com carreiras
em bancos de investimento,
decidiram montar uma rodada de apresentações nos
EUA. Foram mais de 20 reuniões, e as negociações continuam, no Brasil e nos EUA.
CONCESSÕES
Empresários que buscam
parcerias com fundos de investimento devem estar dispostos a concessões.
Marco Vanossi, 23, criador
da "startup" Pe2, desenvolveu em 2007 um aparelho e
um software para incentivar
o comércio eletrônico móvel,
mas, meses depois de pedir a
patente, a Apple lançou o
iPhone. Depois, veio a App
Store, loja de aplicativos.
"Percebi que não fazia
sentido ter um aparelho só
para fazer compras on-line.
Poderíamos usar a câmera do
iPhone e os aplicativos."
A empresa voltou-se à criação do aplicativo, que alia o
uso da câmera do iPhone para capturar a imagem de produtos e fazer a pesquisa em
tempo real sobre ele.
Três anos depois -e dez
fundos visitados-, Vanossi
encontrou o apoio do fundo
FKO e obteve o aporte na semana passada. O valor não
foi divulgado. Durante a negociação, a empresa mudou
de nome, de Pe2 passou a ser
MídiaTech.
O desapego pode não ser
fácil, mas quem passou pela
experiência aprova as dicas.
"Os fundos já viram muitas empresas nascerem e
morrerem e sabem o que pode dar certo", diz Marco Gomes, cofundador da Boo-Box, empresa de publicidade
em mídias sociais que recebeu US$ 300 mil em 2007 do
Monashees Capital.
(CF)
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