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Começa a reserva de debêntures do BNDES
Papel rende mais que juro da dívida pública
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Começa hoje a reserva das
debêntures (papéis de dívida
privada que rendem juros)
do BNDESPar, braço de participações do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Indicadas para pessoas
avessas à Bolsa, as debêntures do BNDES terão retorno
pouco acima dos juros da dívida do governo -10,75%
nos papéis pós-fixados (Selic)- e dos CDBs dos bancos
-até 98% do CDI para pessoa física (10,5% ao ano).
A expectativa é que os papéis prefixados tenham juro
próximo de 11,5% ao ano
-quanto maior a procura,
menor a taxa prefixada.
Outra vantagem é não pagar taxa de administração
dos fundos, que chegam a
comer de 1% a 3% do valor
integral da aplicação.
O investimento mínimo é
de R$ 1.000 (preço de uma
debênture) e o máximo, de
R$ 500 mil (500 papéis).
Na oferta do BNDES, o investidor pessoa física terá
prioridade para receber 35%
dos papéis antes dos fundos
de investimento, o que reduz
a chance de rateio.
A principal desvantagem é
a liquidez ainda reduzida para quem pretende resgatar a
aplicação antes do prazo.
"Na última oferta, havia a
promessa de que as debêntures do BNDES tivessem liquidez diária, mas não foi o que
aconteceu. Quem precisar
vender antes do vencimento
pode ter dificuldade ou terá
que aceitar um deságio forte
do banco. Para quem resgatar antes do vencimento ainda é melhor aplicar no Tesouro Direto", disse Ricardo Almeida, professor do Insper.
No Tesouro Direto, as taxas dos papéis são menores,
mas o investidor pode vender
os papéis toda quarta-feira.
Quem não quiser ficar com
o título até o vencimento poderá vendê-lo a outro investidor por meio do Bovespa Fix,
mas com deságio.
Além do papel prefixado, o
BNDES vai oferecer também
títulos indexados ao IPCA e
outro com taxa pós-fixada,
remunerada pelo contrato
futuro de DI de três meses.
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