São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Liberação é tendência mundial, diz TAM Para empresa, prazo de 5 anos até nova política de voos entre Brasil e EUA vigorar permite planejar crescimento Cálculos da Infraero mostram que São Paulo receberá 72,8% dos investimentos entre a Copa e a Olimpíada JANAINA LAGE DO RIO O vice-presidente comercial e de planejamento da TAM, Paulo Castello Branco, afirmou ontem que a negociação fechada entre Brasil e EUA para liberação total de voos a partir de 2015 segue a tendência mundial de liberalização na indústria. O acordo prevê um aumento gradual do limite de voos semanais previsto para empresas brasileiras e americanas nos próximos anos. Em 2015 passa a vigorar a política de "céus abertos", em que não há restrição prévia do número de voos. "Acreditamos que a adaptação a essa nova realidade se dará por meio da própria autorregulação do mercado, que só ofertará mais voos e destinos onde entender que há demanda; o usuário terá cada vez mais escolhas." Na prática, o acordo estimula a criação de rotas diretas para os EUA a partir de aeroportos fora de São Paulo. Novos voos a partir de São Paulo só serão permitidos a partir de 2013 e se houver infraestrutura compatível. A TAM é a única empresa brasileira a voar para os EUA e detém 30,3% desse mercado, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Só fica atrás da American Airlines (32,5%). Para Castello Branco, o prazo de cinco anos permite que a empresa planeje o crescimento e que o governo dimensione infraestrutura compatível. ESTRATÉGICO O presidente da Junta de Representantes de Companhias Aéreas Internacionais no Brasil, Robson Bertolossi, afirma que o Brasil se tornou hoje um ponto estratégico para as estrangeiras. "O Brasil é hoje um porto seguro onde as empresas têm resultados satisfatórios", disse. Segundo Bertolossi, São Paulo (Guarulhos) é o aeroporto preferencial das empresas estrangeiras porque representa a garantia de voos cheios com percentual significativo de passageiros a negócios, que costumam arcar com tarifas mais elevadas. Mesmo assim, ele afirma que há espaço para explorar novos mercados e cita Brasília como exemplo. Dados apresentados ontem pela Infraero mostram que no período entre a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 os aeroportos de São Paulo (Guarulhos e Viracopos) receberão 72,8% dos investimentos previstos. Nesse período, Guarulhos receberá R$ 714,4 milhões para a construção da segunda fase do Terminal 3 e Viracopos terá investimentos de R$ 1,543 bilhão em obras no pátio e de construção do novo terminal de passageiros. Texto Anterior: Combustíveis: Manguinhos perde status principal de refinaria de petróleo Próximo Texto: Commodities: Nióbio está na mira do Pentágono há muito tempo, diz mineradora Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.