São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Preço do álcool começa a cair nos postos de SP

O mercado de álcool começa a tomar o caminho de volta. Após 18 semanas em alta, o combustível teve a primeira queda de preço nos postos de São Paulo.
A queda ainda é tímida -foi de apenas 0,35% na média semanal-, mas deverá se acentuar nas próximas semanas, devido à forte redução do preço do combustível na porta das usinas.
Pesquisa semanal da Folha indicou valor médio de R$ 2,27 por litro para o álcool hidratado em São Paulo. Nos últimos 30 dias, o produto ainda mantém alta de 16%.
O setor vive uma situação diferente da dos anos anteriores. A alta foi muito acentuada nas usinas e nos postos, mas a queda de preços chega mais cedo.
Após entressafra com valores recordes, o álcool intensifica as quedas nas usinas. Ontem, o hidratado foi negociado a R$ 1,418 por litro em Paulínia, interior de São Paulo.
Esse valor mostra queda acumulada de 16,3% em relação ao R$ 1,694 -o maior preço registrado pelo produto durante a entressafra.
Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Outra pesquisa do Cepea, que mostra a evolução média semanal dos preços na porta das usinas, também indica queda. O preço médio do álcool hidratado recuou 5%, para R$ 1,3854 por litro.
Já o anidro, que é misturado à gasolina, manteve alta e foi negociado a R$ 2,1331 por litro -aumento de 7%. Esses preços praticados nas usinas não incluem impostos.
A alta do álcool anidro nas usinas mantém aquecidos os preços da gasolina. O valor médio registrado pela Folha nesta semana foi de R$ 2,725 por litro, 1% mais do que na semana passada. Em 30 dias, a gasolina sobe 7%.
A pesquisa indicou que alguns postos já comercializam o álcool por valores inferiores a R$ 2 por litro.

Efeito dólar A queda contínua do dólar inibe cada vez mais as receitas dos produtores de grãos. Ontem, a moeda norte-americana caiu para R$ 1,574. O que salva é que os preços externos das commodities estão elevados, devido à oferta menor e à demanda maior.

Custos menores Se o dólar reduz as receitas nas vendas, derruba também os custos de produção para a safra 2011/12. Tradings e produtores se preparam para a próxima safra, e as importações de fertilizantes e de outros insumos vão acabar pesando menos.

Petróleo A alta de 3% nos preços do petróleo ontem, que atingiu US$ 127 por barril, empurrou para cima as commodities agrícolas.

Soja O primeiro contrato da soja negociado em Chicago foi a US$ 13,92 por bushel (27,2 quilos), com alta de 2,1%. Trigo e milho acompanharam, com altas de 3,1% e de 1,2%. Em Nova York, o açúcar caiu 3,2%.

Novas altas Os metais preciosos bateram recorde ontem em Londres. A prata superou US$ 40 a onça-troy (31 gramas) pela primeira vez desde 1980, e o ouro atingiu o maior valor nominal: US$ 1.474 a onça-troy.

Incertezas O temor de alta da inflação e a desvalorização do dólar aumentaram a demanda por metais preciosos, um ativo seguro para investimentos.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Chicago

MILHO
(por bushel) US$ 7,68
SOJA
(por bushel) US$ 13,92

Mercado Interno

ALGODÃO
(R$ por arroba) 39,91
TRIGO
(R$ por saca) 27,99

Com KARLA DOMINGUES e TATIANA FREITAS


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