São Paulo, sábado, 09 de julho de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Importação de café sobe, e indústria nacional quer condições de igualdade

A Itália, líder nas exportações de café industrializado para o Brasil até 2007, já caiu para terceiro lugar, sendo superada pelo Reino Unido.
A Suíça tem a liderança. É responsável por 87% das importações brasileiras.
No primeiro semestre, o Brasil gastou US$ 15,9 milhões com a compra de café torrado. Desse valor, US$ 13,9 milhões foram gastos com compras na Suíca. O quilo de café vindo dos suíços entra no Brasil por US$ 89, em média. O da Itália, por US$ 15,7.
As importações brasileiras de café processado aumentaram 114% no primeiro semestre deste ano, em relação ao igual período de 2010.
Esse avanço preocupa a indústria nacional, que concorre em desigualdade de condições. "As importações vêm crescendo assustadoramente e isso tem sido motivo de alerta", diz Nathan Herszkowicz, da Abic (associação da indústria).
Grande parte do café importado pelo Brasil sai do próprio país na forma de grão. Os importadores fazem uma mistura com cafés de outras regiões e processam o produto que volta ao Brasil.
Esse processo é impossível de ser feito pela indústria nacional, já que o Ministério da Agricultura não faz análise de risco de praga, proibindo as importações de café verde.
As compras seriam mínimas: "apenas 50 mil sacas de produto de qualidade, um volume insignificante em relação à produção total do Brasil", diz o executivo da Abic.
A renda do brasileiro cresce, e o consumo de café de qualidade aumenta, mas, se o Brasil não permitir a importação de café verde de outras regiões para a mistura com o produto nacional, o país consumirá cada vez mais café importado.

Arroz As exportações de arroz de junho atingiram o recorde de 158 mil toneladas. No primeiro semestre, as vendas somam 623 mil toneladas e devem atingir 1 milhão no ano, segundo o consultor Marco Tavares.

Adubos A indústria de adubo se reúne na terça-feira em São Paulo para discutir os impactos da nova economia mundial nesse setor. Nesse evento da Anda (associação do setor), China, Índia, EUA e Brasil serão objeto de análises.

Consumo A boa evolução dos preços agrícolas permitirá uma evolução do consumo nacional de adubo. As estimativas mais otimistas indicam de 26 milhões a 26,5 milhões de toneladas para este ano. O número mais aceito pelo setor é de 25,5 milhões.

No rastro do boi De olho no crescimento da pecuária de corte e de leite da região Norte, a Premix, do setor de nutrição animal, inaugura centro de distribuição em Ji-Paraná (RO).

Álcool cai nas usinas, mas ainda aumenta nos postos

A safra avança, e o preço do álcool perde ritmo nas usinas. As negociações desta semana foram feitas, em média, a R$ 1,1346 por litro para o hidrato, 1,1% menos do que na semana passada.
É a terceira queda nos preços, que ainda continuam aquecidos e superam os praticados em julho de 2010, quando estavam a R$ 0,7724.
Os dados são do Cepea e não incluem impostos. O órgão, ligado à Esalq/USP, apontou ainda queda no álcool anidro, que foi comercializado a R$ 1,2963 por litro.
Apesar da redução nas usinas, o consumidor paga mais pelo álcool nos postos. Pesquisa da Folha mostrou evolução de 0,5% na semana, e de 9% em 30 dias.

com KARLA DOMINGUES


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