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Para evitar vício, corretora limita risco de operação
DE SÃO PAULO
A doutora em psicologia
econômica pela USP Vera
Rita Ferreira afirma que
quem usa o "home broker"
diariamente não é necessariamente um compulsivo.
Segundo ela, o que caracteriza o viciado é não conseguir controlar o impulso.
"É uma minoria que tem
a compulsão. O preocupante é se a pessoa depende disso para ter alívio, se é uma
ação repetitiva, que ocupa
um espaço central na vida."
Ferreira afirma que o
comportamento de um viciado em "home broker" é
semelhante ao de outros tipos de compulsivos. Assim
como aqueles que têm vício
em jogo ou álcool, a pessoa
tende a agir de forma clandestina e tem uma série de
justificativas para o hábito.
A psicóloga observa que,
quando o investidor está ganhando dinheiro, o vício
acaba ficando mascarado.
"O compulsivo precisa de
ajuda externa, como tratamento psicológico."
CORRETORAS
Para evitar esse comportamento, corretoras procuram estimular o investimento de longo prazo e adotam mecanismos para reduzir os riscos das operações.
A WinTrade limita a alavancagem no mercado futuro exigindo garantias até
30% superiores do que as
estipuladas pela Bovespa.
A Ágora, corretora líder
em usuários de "home broker" (cerca de 80 mil), não
permite aluguel de ações e
vendas a descoberto (quando o negociador vende um
ativo sem possuí-lo).
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