São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Commodity agrícola embala exportação ao Irã

O Irã continua sendo um mercado crescente para o Brasil. As exportações brasileiras ao país islâmico atingiram US$ 1,3 bilhão nos oito primeiros meses deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.
O grande destaque são as commodities agropecuárias, que somaram 94% das receitas obtidas pelos brasileiros nas vendas para o Irã.
Fábio Faria, diretor de planejamento da Secretaria de Comércio Exterior, diz que "o Irã é um mercado potencial grande e ainda há muito para ser explorado, inclusive com manufaturas brasileiras".
Os principais produtos da lista das exportações brasileiras são: carnes, açúcar, soja e milho.
Os iranianos têm uma posição forte nas importações e o setor de alimentos brasileiro tem boa chance de ocupar espaços nas importações daquele país devido à competitividade dos preços nacionais, segundo Faria.
Além de uma grande população -cerca de 75 milhões de pessoas-, o país tem boas receitas com petróleo e petroquímica.
A busca de estreitamento das relações políticas entre o Brasil e o Irã nos últimos anos parece dar resultados econômicos: as exportações deste ano para os iranianos superaram em 95% as dos oito primeiros meses de 2009.
O avanço das importações iranianas fez o país desbancar Egito e Venezuela nas compras de carnes "in natura" neste ano.
O país islâmico gastou US$ 546,5 milhões de janeiro a agosto na compra de carne bovina, superando os US$ 304 milhões do Egito, que vem em terceiro lugar, conforme a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).
O comércio bilateral com o Irã voltou a crescer neste ano, após perda de ritmo nos dois últimos anos. Em 2007, as exportações brasileiras somaram US$ 1,84 bilhão, recuando para US$ 1,13 bilhão e para US$ 1,22 bilhão nos dois anos seguintes.
As exportações de janeiro a agosto deste ano já superam em 6,5% as de todo o ano passado, conforme os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Às compras O Brasil importou da Argentina 9,5 milhões de litros de vinho nos sete primeiros meses deste ano, 34% a mais do que em igual período de 2009. Além de importar mais, o país pagou 14% a mais por caixa importada do que em 2009, segundo estatísticas da Wines of Argentina.

Gastos Os gastos totais com as importações de vinho argentino engarrafado somaram US$ 29 milhões neste ano, 54% a mais do que os US$ 18,9 milhões de janeiro a julho do ano passado. As exportações totais dos argentinos somaram 111 milhões de litros em 2010, com receitas de US$ 364 milhões.

Ponto alto Um dos itens que mais crescem entre as exportações argentinas são os espumantes. Nos sete primeiros meses deste ano foi exportado 1,52 milhão de litros, e o Brasil está entre um dos principais destinos das vendas, segundo a Wines of Argentina. O Brasil vem sendo um dos destaques na produção de espumantes.

Pausa O preço do algodão recuou 0,82% ontem na Bolsa de commodities de Nova York. O produto, que havia começado a semana em alta, acumula aumentos de 7,31% em 30 dias e de 54% em 12 meses.

Chicago As commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago também tiveram recuo de preços ontem. A principal queda foi a do trigo, que caiu para US$ 6,89 por bushel, com recuo de 3,4%.

FRANGO
Preço
é o maior em 14 meses em SP
Vendas maiores e oferta menor de aves para abate provocaram nova alta nos preços do frango no mercado paulista. O quilo da ave viva foi a R$ 1,85 nas granjas do Estado, com elevação de 15,6% nos últimos 30 dias. O frango acompanha o boi, que também está em alta.


Com KARLA DOMINGUES


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