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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Commodity agrícola embala exportação ao Irã
O Irã continua sendo um
mercado crescente para o
Brasil. As exportações brasileiras ao país islâmico atingiram US$ 1,3 bilhão nos oito
primeiros meses deste ano,
segundo dados do Ministério
do Desenvolvimento.
O grande destaque são as
commodities agropecuárias,
que somaram 94% das receitas obtidas pelos brasileiros
nas vendas para o Irã.
Fábio Faria, diretor de planejamento da Secretaria de
Comércio Exterior, diz que "o
Irã é um mercado potencial
grande e ainda há muito para
ser explorado, inclusive com
manufaturas brasileiras".
Os principais produtos da
lista das exportações brasileiras são: carnes, açúcar, soja e milho.
Os iranianos têm uma posição forte nas importações e
o setor de alimentos brasileiro tem boa chance de ocupar
espaços nas importações daquele país devido à competitividade dos preços nacionais, segundo Faria.
Além de uma grande população -cerca de 75 milhões de pessoas-, o país
tem boas receitas com petróleo e petroquímica.
A busca de estreitamento
das relações políticas entre o
Brasil e o Irã nos últimos
anos parece dar resultados
econômicos: as exportações
deste ano para os iranianos
superaram em 95% as dos oito primeiros meses de 2009.
O avanço das importações
iranianas fez o país desbancar Egito e Venezuela nas
compras de carnes "in natura" neste ano.
O país islâmico gastou
US$ 546,5 milhões de janeiro
a agosto na compra de carne
bovina, superando os
US$ 304 milhões do Egito,
que vem em terceiro lugar,
conforme a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carnes).
O comércio bilateral com o
Irã voltou a crescer neste
ano, após perda de ritmo nos
dois últimos anos. Em 2007,
as exportações brasileiras somaram US$ 1,84 bilhão, recuando para US$ 1,13 bilhão
e para US$ 1,22 bilhão nos
dois anos seguintes.
As exportações de janeiro
a agosto deste ano já superam em 6,5% as de todo o ano
passado, conforme os dados
da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Às compras O Brasil importou da Argentina 9,5 milhões de litros de vinho nos
sete primeiros meses deste
ano, 34% a mais do que em
igual período de 2009. Além
de importar mais, o país pagou 14% a mais por caixa importada do que em 2009, segundo estatísticas da Wines
of Argentina.
Gastos Os gastos totais
com as importações de vinho
argentino engarrafado somaram US$ 29 milhões neste
ano, 54% a mais do que os
US$ 18,9 milhões de janeiro
a julho do ano passado. As
exportações totais dos argentinos somaram 111 milhões de litros em 2010, com
receitas de US$ 364 milhões.
Ponto alto Um dos itens
que mais crescem entre as
exportações argentinas são
os espumantes. Nos sete primeiros meses deste ano foi
exportado 1,52 milhão de litros, e o Brasil está entre um
dos principais destinos das
vendas, segundo a Wines of
Argentina. O Brasil vem sendo um dos destaques na produção de espumantes.
Pausa O preço do algodão recuou 0,82% ontem na
Bolsa de commodities de Nova York. O produto, que havia começado a semana em
alta, acumula aumentos de
7,31% em 30 dias e de 54%
em 12 meses.
Chicago As commodities
agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago também tiveram recuo de preços ontem.
A principal queda foi a do trigo, que caiu para US$ 6,89
por bushel, com recuo de
3,4%.
FRANGO
Preço
é o maior em 14 meses em SP
Vendas maiores e oferta menor de aves para abate provocaram nova alta nos preços
do frango no mercado paulista. O quilo da ave viva foi a R$
1,85 nas granjas do Estado,
com elevação de 15,6% nos
últimos 30 dias. O frango
acompanha o boi, que também está em alta.
Com KARLA DOMINGUES
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