São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Dilma cobra mais energia da Amazônia

Novo presidente da Eletrobras assume posto com missão de achar novas fontes na região e nos países vizinhos

Internacionalização é uma das prioridades para transformar a estatal na "Petrobras do setor elétrico"

DE BRASÍLIA

O novo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, irá assumir a estatal com a missão de achar novas fontes renováveis na Amazônia e nos países vizinhos ao Brasil para a geração de energia.
O objetivo é investir R$ 210 bilhões em parceria com o setor privado nos próximos dez anos para garantir o abastecimento da eletricidade de que o país necessitará no futuro próximo.
Carvalho Neto recebeu na segunda-feira do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, documento por escrito com orientações gerais acerca da estatal. Entre elas, a necessidade de buscar novas oportunidades de investimentos em energia renovável, especialmente nos potenciais hidroelétricos, que estão se esgotando.
Também foi colocado como prioridade, segundo Carvalho Neto, o desafio da internacionalização da Eletrobras, que deverá buscar parcerias com países vizinhos para a construção de novas usinas e também linhas de interconexão energética entre os países.
O objetivo é a transformação da estatal na "Petrobras do setor elétrico", levando a empresa a atuar em todo o continente americano, especialmente na Argentina, na Colômbia, no Peru, na Venezuela e também nos EUA.
Na Amazônia peruana já foi identificado potencial de construção de mais de 20 hidrelétricas, que somariam 20 mil megawatts (MW) -ou duas Belo Monte.
Já há um pré-acordo fechado entre o Brasil e o Peru para que empresas brasileiras (Eletrobras e grupos privados) construam e operem usinas naquele país.

CEMIG
Conhecido como Costinha no setor elétrico, Carvalho Neto foi presidente da Cemig, estatal mineira de energia, no mandato do governador Eduardo Azeredo (PSDB).
Indicado pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT-MG), ele se diz apartidário e com perfil técnico: "Tenho mais de 40 anos de atuação no setor de energia".
Antes de ser convidado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o comando da estatal, ele estava no setor privado: trabalhou na Arcadis Logos e dirigiu a Orteng.
Carvalho Neto disse estar se afastando das duas empresas, que, por sua vez, têm contratos com subsidiárias da Eletrobras: são sócias de Furnas na usina de Retiro Baixo (MG). (LEILA COIMBRA)


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