São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Na AL, união deve ocorrer em três anos

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

As Bolsas de Brasil, Chile, Peru, Colômbia, Argentina e México estarão integradas em até três anos. Essa é a previsão de Paulo Oliveira, ex-diretor de desenvolvimento e fomento de negócios da BM&FBovespa e atual presidente da BRAiN.
Apesar do desafio de harmonizar a regulação dos seis países, ele acredita que, iniciado o processo, a integração se acelere. "O mercado pressiona nessa direção. A Bolsa tem fins lucrativos. É a lógica dos negócios."
A BRAiN é uma entidade que busca internacionalizar a economia brasileira e integra instituições como Fecomercio, BM&FBovespa e Febraban.
Em dezembro último, a BM&FBovespa assinou com a Bolsa de Santiago uma parceria que permitirá que os chilenos enviem ordens de compra para a Bolsa brasileira direto de suas corretoras, e vice-versa.
A Bolsa brasileira já está também em negociação com as Bolsas de Peru e Colômbia e pretende iniciar conversas com a argentina.
As Bolsas de Peru, Colômbia e Chile, por sua vez, firmaram acordo próprio de integração no ano passado.
Segundo Lourival Antunes Maciel, presidente da Interbolsa, maior corretora colombiana, o processo de fusão já está avançado.
A BM&FBovespa, que concentra 80% do mercado da América Latina, não pretende se fundir ou comprar outra Bolsa na região.
"Não vamos adquirir nada. Nosso objetivo é levar parceria para desenvolver o mercado local e impedir a migração para outros. Hoje, o que se vê na América Latina é todo mundo indo para Nova York ou Londres", disse Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.

CAPTAÇÕES
Oliveira observa que a integração e o crescimento do mercado latino-americano vai provocar aumento da captação das empresas por meio do lançamento de ações e de títulos de dívida.
"Isso casa com a própria necessidade do governo e do BNDES de repassar para o setor privado o financiamento de longo prazo e casa com a necessidade de empresas que não têm acesso ao mercado internacional."


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