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Alta ajudará a evitar riscos, diz economista
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
Depois da segunda alta
deste ano no juro básico do
país- de mais 0,75 ponto
percentual-, ganham força
no mercado as apostas de
que o Banco Central fará novos aumentos até dezembro.
A perspectiva de economistas é a de que a taxa Selic
volte, até o fim do ano, aos níveis de 2008, antes do agravamento da crise global.
A exemplo do que aconteceu em abril, o BC decidiu subir a taxa por unanimidade,
para 10,25% ao ano. Assim, o
juro volta a ter dois dígitos
depois de 12 meses.
Sílvio Campos Neto, economista-chefe do Banco
Schahin, prevê que a Selic
vai fechar este ano em 11,75%
anuais.
Em janeiro, a taxa estava
em 8,75%, o menor nível histórico -patamar mantido
desde julho de 2009.
"Mas, diante da mudança
de cenário desde então, com
economia aquecida e pressão inflacionária, o aumento
de juros é o caminho para
evitar riscos", afirma. O Banco Schahin projeta expansão
do PIB (Produto Interno Bruto) de 6,8% neste ano.
Quanto ao IPCA, o índice
oficial de inflação, a instituição financeira estima alta de
5,5%, acima do centro da meta do governo, de 4,5%.
André Perfeito, economista da Gradual Investimentos,
também calcula aumento do
PIB de pelo menos 6,5% em
2010 e de 5,4% para o IPCA.
Quanto à Selic, a previsão
é que chegue a dezembro em
11,50% ao ano.
"Assim, a taxa voltaria à
mesma faixa de antes da crise global. Seria o fim do incentivo dado pelo BC em relação ao juro básico para estimular a economia doméstica", diz Perfeito.
Entre janeiro e julho do
ano passado, a taxa básica de
juros recuou de 13,75% para
8,75% ao ano.
Também foram tomadas
outras medidas de estímulo
econômico, como reduções
de impostos. Quase todas já
foram retiradas.
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