São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros FOCO Justiça acata pedido da grife Victoria's Secret e veta asas e plumas em evento LUIZA SOUTO DO RIO A Justiça do Rio determinou que os organizadores do Monange Dream Fashion Tour, evento de moda criado em 2010, deixem de usar elementos que sejam característicos do Victoria's Secret Fashion Show. O desfile da grife norte-americana foi criado em 1995 e se tornou famoso por apresentar top models em lingerie, caracterizadas como se fossem anjos. Por causa da decisão da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, as modelos do Monange Dream Fashion Tour não poderão mais desfilar com asas de anjos, plumas e penas. A caracterização também não poderá ser usada no site do evento. Foi mantida assim a decisão liminar da 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, que determinou que os organizadores deixassem de usar esses adereços. O Monange Dream Fashion Tour é organizado pela Mega Model em parceria com a Rede Globo e com o patrocínio da Monange, marca do grupo Hypermarcas, todos réus na ação de concorrência desleal impetrada pela Victoria's Secret. Na decisão, a juíza Maria Isabel Gonçalves diz que são evidentes as semelhanças com o evento da autora da ação, "a começar pela combinação de música (shows de artistas e bandas famosas), passarela e desfile". Ela lembra ainda que as rés contrataram para desfilar no Monange Dream Fashion Tour algumas da modelos conhecidas como "angels" -aquelas que têm contrato com a Victoria's Secret, como as brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio. OUTRO LADO Em recurso, a Rede Globo argumentou que o evento tinha como objetivo "divulgar o universo da moda e da cultura nacional" e negou ter havido concorrência desleal, uma vez que não houve desvio de clientela, não havendo em seu evento nenhum lançamento de produto. A Hypermarcas disse que vai respeitar a decisão e retirar asas, plumas e penas das roupas das modelos. O próximo evento acontece a partir do dia 18 em Belo Horizonte. Depois prossegue em Fortaleza, Belém, Recife, Vitória e São Paulo. O não cumprimento da decisão judicial acarretará em multa diária de R$ 50 mil. Texto Anterior: Governo quer multar gigantes do cigarro Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros

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