São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

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EUA dizem que nuvem pode reduzir pirataria

Marcio Jose Sanchez - 6.jun.11/Associated Press
Steve Jobs, da Apple, mostra, nos EUA, imagem do centro de armazenamento para iCloud

DAVID GELLES
DO "FINANCIAL TIMES"

Novos sistemas de armazenagem on-line como o Apple iCloud podem ajudar a combater a pirataria que erodiu o faturamento das companhias de música, televisão e cinema, segundo representantes do governo norte-americano.
Victoria Espinel, encarregada de fiscalização dos direitos autorais no governo Obama, disse que, embora os serviços sejam desenvolvidos para atender preferências dos consumidores, "é possível que os sistemas se desenvolvam para reduzir a pirataria".
A Apple introduziu seu sistema de armazenagem iCloud na segunda-feira.
Ele se segue a esforços semelhantes por parte da Amazon, do Google e de uma coalizão de redes de TV, com o objetivo de criar uma nova forma de serviços em nuvem que permita acessar mídias que usuários possuam, mas não estejam armazenados em aparelhos locais.
Mas Espinel afirmou que esses serviços precisam ser especialmente seguros, no momento em que empresas e governos sofrem ataques de hackers cada vez mais intensos.
"É imensamente importante que os consumidores e o público tenham confiança na internet", disse.
Ela afirmou, durante a Conferência Mundial de Direitos Autorais, realizada em Bruxelas, que esses serviços poderiam ser mais efetivos que a regulamentação governamental.
"O governo norte-americano não precisa escolher quem ganha e quem perde, e a última coisa que deveríamos pensar em fazer seria causar problemas na internet devido a regulamentação pouco apropriada", disse ela.
Se fosse "possível desenvolver um sistema de forma a que não possa ser comprometido, isso poderia ter o efeito de reduzir a pirataria ao oferecer aos consumidores a capacidade de ter conteúdo para sempre e acessá-lo em praticamente qualquer lugar, o que cópias ilegais não permitiriam obter", disse.
Mas estender os serviços de armazenagem em nuvem a mercados emergentes será um desafio. A pirataria tem 81% do mercado de filmes e 58% do de música na Rússia.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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