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Havaí suspende
aulas e tem ano letivo mais curto
DO "NEW YORK TIMES"
Era sexta-feira, em Mililani (Havaí), e Marie Marte,
diretora de uma faculdade
on-line que atende a membros das forças armadas
norte-americanas, deveria
estar em seu escritório. Suas
filhas Nira, 11, e Sonia, 9,
deveriam estar na escola.
Mas Marte estava sentada diante de um laptop na
sala de jantar de sua casa.
"Você já enviou sua matrícula?", perguntou a um
aluno no telefone, tentando
superar o ruído das risadas
que vinham do quintal, onde suas filhas e algumas outras crianças brincavam.
Era a 17ª e última sexta-feira de licença escolar no
ano letivo, o dia final de
uma experiência de corte de
custos que levou ao fechamento das escolas do Estado, causou indignação entre pais e perturbou o mais
delicado dos equilíbrios para as famílias que têm filhos: o da rotina semanal.
Durante 17 sextas-feiras,
os pais relutantemente tiveram de trabalhar de casa ou
de empregar dias de licença
ou alegar doenças.
Muitos deles se viram forçados a recorrer a programas de creche que surgiram
para atender a essa demanda, com preços de US$ 25 a
US$ 50 por criança/dia.
Semanas de aula de quatro dias já haviam sido utilizadas por alguns distritos
rurais dos EUA, especialmente durante as crises do
petróleo dos anos 1970.
Na atual crise, o número
de distritos escolares que
recorreram a esse método
chegou a 120, e há outros
que estudam a mudança.
Mas o Havaí é um caso
extremo. Fechou escolas
não só nas áreas rurais mas
também nos bairros de edifícios de Honolulu.
Ao contrário da maioria
dos distritos que adotaram
semanas de aula de quatro
dias, o Havaí não estendeu
o horário dos dias letivos
restantes: seu ano letivo de
163 dias se tornou o mais
curto dos Estados Unidos.
As licenças deviam originalmente se estender por
dois anos, mas os protestos
foram tão intensos que um
acordo foi fechado para restaurar a semana regular no
novo ano letivo.
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