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Para economizar, condado encerra sistema de ônibus
DO "NEW YORK TIMES"
Em todas as regiões dos
EUA, o transporte público sofreu durante a crise. As tarifas em geral cobrem menos
da metade do custo dos serviços, e a arrecadação dos impostos estaduais e locais vem
despencando.
Na maioria dos locais, isso
significa esperas maiores por
um número menor de ônibus
e trens mais sujos, ruidosos e
lotados -e com tarifas mais
caras. Mas, no condado de
Clayton, a solução adotada
foi desativar o serviço.
A região, um subúrbio ao
sul de Atlanta no qual se passava a história de "E o Vento
Levou", enfrenta dificuldades e hoje a sua principal atividade econômica é o aeroporto internacional Hartsfield-Jackson Atlanta.
O condado, que sofreu sérios problemas devido à crise
do crédito hipotecário de risco ("subprime"), decidiu que
não seria mais possível gastar US$ 8 milhões anuais
com o sistema de ônibus,
criado em 2001.
A esperança era que alguma outra entidade -por
exemplo, o governo estadual- arcasse com os custos.
Mas, se a ameaça de desativar o sistema era um blefe,
ninguém cedeu. Em 31 de
março, o serviço de ônibus,
que atendia 8.400 passageiros diariamente, teve seu último dia de funcionamento.
Agora, as cinco linhas de
ônibus desapareceram, e os
passageiros se veem forçados a encontrar alternativas.
Jennifer McDaniel, que é
recepcionista no restaurante
Chili's, no aeroporto, teve de
gastar sua restituição de Imposto de Renda e fazer um
grande financiamento para
comprar um carro.
E Tierra Clark, 19, que estuda higiene dentária e trabalha durante cinco noites por
semana também em um restaurante no aeroporto, teve
de encarar uma nova e indesejada despesa.
"Agora preciso ir de táxi:
US$ 13,75 [cerca de R$ 24] por
noite", disse, na última noite
de funcionamento do sistema de ônibus de Clayton.
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