São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Para economizar, condado encerra sistema de ônibus

DO "NEW YORK TIMES"

Em todas as regiões dos EUA, o transporte público sofreu durante a crise. As tarifas em geral cobrem menos da metade do custo dos serviços, e a arrecadação dos impostos estaduais e locais vem despencando.
Na maioria dos locais, isso significa esperas maiores por um número menor de ônibus e trens mais sujos, ruidosos e lotados -e com tarifas mais caras. Mas, no condado de Clayton, a solução adotada foi desativar o serviço.
A região, um subúrbio ao sul de Atlanta no qual se passava a história de "E o Vento Levou", enfrenta dificuldades e hoje a sua principal atividade econômica é o aeroporto internacional Hartsfield-Jackson Atlanta.
O condado, que sofreu sérios problemas devido à crise do crédito hipotecário de risco ("subprime"), decidiu que não seria mais possível gastar US$ 8 milhões anuais com o sistema de ônibus, criado em 2001.
A esperança era que alguma outra entidade -por exemplo, o governo estadual- arcasse com os custos.
Mas, se a ameaça de desativar o sistema era um blefe, ninguém cedeu. Em 31 de março, o serviço de ônibus, que atendia 8.400 passageiros diariamente, teve seu último dia de funcionamento.
Agora, as cinco linhas de ônibus desapareceram, e os passageiros se veem forçados a encontrar alternativas.
Jennifer McDaniel, que é recepcionista no restaurante Chili's, no aeroporto, teve de gastar sua restituição de Imposto de Renda e fazer um grande financiamento para comprar um carro.
E Tierra Clark, 19, que estuda higiene dentária e trabalha durante cinco noites por semana também em um restaurante no aeroporto, teve de encarar uma nova e indesejada despesa.
"Agora preciso ir de táxi: US$ 13,75 [cerca de R$ 24] por noite", disse, na última noite de funcionamento do sistema de ônibus de Clayton.


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