São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Diretora da estatal critica leilão de energia

Graça Foster é contra a inclusão de eólicas

CIRILO JUNIOR
DO RIO

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, criticou ontem o planejamento da matriz energética do país. Ela atacou a estratégia traçada para o próximo leilão de energia, marcado para a próxima semana.
Segundo a executiva, não há lógica em colocar, numa mesma disputa, energia gerada por usinas eólicas e por termelétricas movidas a gás natural. Até então, a venda de energia eólica vinha sendo feita de forma separada.
Nos últimos anos, o custo desse tipo de energia vem caindo significativamente, e a diretora teme que os empreendimentos da Petrobras no leilão, movidos a gás, percam competitividade.
"Quando se coloca eólica com gás, é muito difícil. Não sei qual é a lógica do negócio, não é assim que se constrói uma matriz energética", afirmou Maria das Graças.
O objetivo de colocar diferentes fontes no leilão é buscar ampliar a competição, para que a energia seja vendida por preços cada vez menores. O esperado é que a tarifa final fique mais barata.
Esse modelo foi desenhado pela presidente Dilma Rousseff em 2004, quando ela comandava o MME (Ministério de Minas e Energia). A responsável pelo planejamento e execução dos leilões de energia é a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), presidida por Mauricio Tolmasquim, braço direito de Dilma no ministério.
Graça Foster trabalhou com Dilma no ministério e é apontada como uma das pessoas de confiança da presidente. É cotada, inclusive, para assumir a Petrobras.
"Estou preocupada, não estou sorridente", afirmou a diretora.


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