São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Pirateada na China, Wizard cria rede social Grupo Multi, também dono de Yázigi e Skill, vai ensinar idiomas pela internet, após ter apostilas e CDs copiados Com faturamento que deve superar R$ 2 bi, empresa se prepara para lançar o WeSpeak no Brasil e no exterior CAMILA FUSCO DE SÃO PAULO Principal franqueador de escolas de idiomas e de ensino profissional do Brasil com 3.500 unidades, o grupo Multi, dono da Wizard, do Yágizi e da Skill, criou uma rede social para ensinar inglês. Batizada de WeSpeak, a rede gratuita é baseada nos pilares de áudio, vídeo, lições escritas e plantão de dúvidas. Pelo modelo, o usuário se cadastra, define o nível de conhecimento do idioma e tem acesso às lições. Também pode publicar posts e fotos, como no Facebook, e interagir com outros estudantes. A rede social estreia na próxima segunda-feira com a proposta de complementar o ensino nas aulas presenciais e ser uma aliada no projeto de expansão internacional do grupo. Hoje com 50 escolas em dez países como EUA, China, Irlanda e Japão, o Multi enfrenta dificuldades para rentabilizar as operações franqueadas, cuja principal fonte de receita é a venda de material didático. "Crescemos com base em franquias no Brasil, mas é um desafio implantar o sistema em outras regiões do mundo", diz Carlos Wizard Martins, fundador do grupo. Na China, onde tem 10 mil alunos numa parceria firmada com a secretaria local de educação, a rede enfrenta a pirataria de material didático e por isso estreará a WeSpeak simultaneamente à operação no Brasil. "Estamos há quase dois anos por lá e vimos a necessidade de mudar o modelo comercial. Na China, será o ensino virtual a principal fonte de receita." ENSINO À DISTÂNCIA Para comandar a estrutura pedagógica, o Multi contratou Michael Moore, um dos gurus do ensino à distância. O executivo será responsável pela estrutura do portal a partir dos EUA. Uma das funcionalidades do site será aproximar professores e alunos, numa espécie de LinkedIn do ensino. Num espaço específico, os professores de qualquer lugar do mundo poderão apresentar seus serviços. A contratação é feita pelo site e o usuário pode pagar com cartão de crédito. Do total recebido pelo professor, a rede social fica com 20%. As comissões serão seu principal modelo de negócios por não haver assinatura cobrada dos alunos. A ideia é chegar até o fim do ano a 1 milhão de usuários do serviço e, segundo Martins, não haverá concorrência com as aulas presenciais. Os investimentos nos dois primeiros anos de operação serão de R$ 10 milhões. EXPANSÃO LOCAL Após os investimentos de mais de R$ 200 milhões com aquisições em 2010, o grupo Multi passou o primeiro semestre do ano focado na integração das empresas. Os planos, porém, são de continuar a estratégia de consolidação, principalmente em sistemas de ensino. A rede mantém os planos de abertura de capital, mas não tem prazo estabelecido. "A entrada do fundo Kinea [braço de investimentos do Itaú] no fim do ano passado colaborou como preparação de governança corporativa. Agora estamos ajustando outros controles", diz Martins. Texto Anterior: Engenharia tem escassez, mas formação cresce Próximo Texto: Pfizer investe R$ 40 milhões na fábrica de Guarulhos Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |