São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Família enfrenta dificuldade após portar seguro

DE SÃO PAULO

O aposentado Douglas Pisani, 85, faz há 17 anos seguro de vida em seu nome e no da mulher Vanda, para deixar como "herança" para os filhos Ricardo e Ieda.
Para isso, paga todos os meses R$ 2.350 para ter direito à indenização de R$ 91.905 em cada plano.
Em agosto de 2009, porém, foi convencido pelo corretor de seguros de sua confiança a transferir a apólice da Federal Seguros para a Mongeral Aegon.
O corretor garantiu que ele teria direito à mesma indenização, continuaria pagando o mesmo valor e não perderia nenhuma carência. A nova seguradora, porém, tratou a migração como nova apólice, com as carências de praxe.
O filhos só descobriram o engano após a morte de Vanda, quando viram que só tinham direito a 15% da indenização -R$ 13.987. A morte ocorreu 16 meses após a contratação, dentro dos dois anos de carência.
Para fazer seguro de vida, as pessoas com mais de 60 anos devem ter uma declaração pessoal de saúde, para não ficarem submetidas ao período de carência.
Na verdade, não existe institucionalizada a portabilidade de seguros. As seguradoras "compram" carências para captar apólices.
"Por que iríamos mudar de seguradora após 15 anos se fôssemos perder a carência? Não faz sentido. Quero saber agora como está o seguro do meu pai", diz Ricardo Pisani.

OUTRO LADO
A Mongeral afirma que, apesar de não ser obrigada contratualmente, indenizou integralmente os beneficiários de Vanda Pisani. O depósito foi feito na sexta, depois do contato da Folha com a empresa.
"A despeito da inexistência de qualquer parceria comercial, compra de carteira de clientes ou vinculação societária com a Federal Seguros, e, ainda, da ausência de responsabilidade civil das seguradoras pela atuação dos corretores, a Mongeral decidiu atender à reclamação do Sr. Ricardo", disse a empresa. (TS)


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