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Plano de expansão de internet da Vivo pressiona Telefónica
Projeto que levará internet móvel a 85% do país forçará espanhóis a elevar oferta pela Vivo
Telefónica ofereceu
6,5 bilhões para tirar
a Portugal Telecom da Vivo; portugueses falam em 7,5 bilhões
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
A disputa entre a PT (Portugal Telecom) e a Telefónica
pelo controle da Vivo ganhou um novo capítulo.
Ontem, o presidente da
operadora celular, Roberto
Lima, anunciou um plano de
expansão da cobertura de internet pela rede móvel (3G)
dos atuais 600 municípios
para 2.832 até 2011. A meta é
atingir 85% da população.
Isso significa aumento
considerável de receita. Lima
evitou fazer projeções, mas
afirmou que haverá ganhos.
É exatamente isso o que o
presidente da PT, Zeinal Bava, vem mostrando aos investidores estrangeiros da
operadora portuguesa, que
recebeu uma proposta da Telefónica, interessada em
comprar a participação dos
portugueses na Vivo para assumir seu controle.
Embora os cálculos não tenham sido abertos, a Folha
apurou junto a um alto executivo da PT que a oferta da
Telefónica não cobre os ganhos que os portugueses terão com o plano de expansão
anunciado pela Vivo.
Resumo: a Telefónica terá
de elevar sua oferta, que é de
6,5 bilhões por 50% das
ações da PT na Brasilcel, empresa que controla a Vivo.
Nos bastidores, especula-se que os espanhóis terão de
partir de 7,5 bilhões para
convencer os acionistas,
principalmente os minoritários, a optarem pela venda da
participação na Vivo.
Ainda segundo o executivo, somente as somas de sinergia (economia de custo
decorrente da suposta fusão
entre Vivo e Telefônica) girariam em torno de 5 bilhões.
A Telefónica considerou em
sua proposta 2,8 bilhões.
Além da defasagem de valores, os executivos da PT estão mostrando para os investidores estrangeiros que as chances de a operadora portuguesa continuar gerando
valor serão maiores se continuarem com a Vivo.
Em sua apresentação, a PT
indica que o mercado brasileiro de internet contará com
100 milhões de acessos em
2015, dos quais 60 milhões
ocorrerão pelas redes de telefonia celular (3G).
A Vivo é líder, com 30% de
participação em clientes, e
poderá ampliar a distância
da Claro, segunda colocada,
que tem 25%.
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