São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Itaú se mantém como marca mais valiosa do país

Valor dobra e é estimado R$ 20,7 bilhões; Bradesco fica na segunda posição, e o Banco do Brasil, em quarto

Ranking leva em conta o potencial da marca em atrair a preferência do consumidor e gerar receitas

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Pela sétima vez consecutiva, a marca Itaú foi eleita a mais valiosa do Brasil pela consultoria Interbrand.
Avaliada em R$ 20,7 bilhões na pesquisa de 2010, a marca dobrou de valor desde o levantamento anterior, de 2008, que considerou também empresas de outros países da América Latina.
Naquele ano, o valor conferido ao Itaú ficou em R$ 10,5 bilhões.
Entre os cinco primeiros colocados do ranking, três são instituições financeiras.
O Bradesco está em segundo lugar (com valor de R$ 12,4 bilhões), e o Banco do Brasil, em quarto (R$ 10,5 bilhões).
Para fazer o ranking, a Interbrand projeta o potencial que cada marca tem de atrair a preferência dos consumidores e gerar receitas.
Entre os critérios avaliados, estão o compromisso com o público e a capacidade de responder rápido ao mercado, inclusive em momentos de crise.
A presença dos bancos no topo da lista tem sido observada desde que essa pesquisa começou a ser feita no Brasil, em 2001.
"Aqui, a proximidade das marcas desse setor com os clientes é maior que em outros países", diz Alejandro Pinedo, diretor-geral da consultoria no Brasil.
A valorização do Itaú no levantamento 2010 está relacionada à fusão com o Unibanco, em 2008.
No ano passado, houve a integração dos balanços e reduções importantes de custos.
"Além disso, diversas áreas, como a de seguros, passaram a utilizar a marca Itaú rapidamente, o que também contribuiu para o fortalecimento dela", diz Fernando Chacon, diretor-executivo do banco.

FORA DA LISTA GLOBAL
Apesar dos valores bilionários, nenhuma das líderes da pesquisa brasileira participa da lista global da Interbrand.
Um dos maiores desafios das empresas locais, segundo a consultoria, é aumentar presença global.
"Muitas já são líderes mundiais em seus setores, mas ainda precisam desenvolver a marca internacionalmente", diz Daniela Bianchi, diretora de estratégia de marca da Interbrand.
Entre os exemplos, a consultoria destaca a Cutrale (no segmento de suco de laranja), a JBS (no de carnes), a Native (de açúcar orgânico) e mesmo a Petrobras.
"Reforçando suas marcas no exterior, as empresas brasileiras também ajudam a construir a marca Brasil", afirma Daniela.


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