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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Mistura maior de etanol nos EUA não beneficia Brasil
O provável aumento da
mistura de etanol na gasolina nos Estados Unidos não
deve impulsionar as exportações brasileiras para o país.
A expectativa do mercado
é que até novembro a Agência de Proteção Ambiental
norte-americana aprove a
elevação do limite de 10%
para 15% de adição de
etanol à gasolina.
"As exportações brasileiras não devem se beneficiar
da medida no curto prazo, já
que a produção atual dos
EUA será suficiente para
atender o mercado", diz
Amaryllis Romano, analista
da Tendências Consultoria.
Além disso, como o aumento será uma autorização
e não medida obrigatória,
nem todos os distribuidores
farão a mistura com o limite
máximo, segundo Romano.
"Apenas no médio e longo
prazos, os embarques brasileiros poderão ser beneficiados. A questão será se teremos como atender a demanda", afirma Romano.
A elevação da mistura é
um pedido da indústria norte-americana de etanol, cuja
capacidade instalada é superior à demanda. Os EUA são
os maiores produtores mundiais do combustível.
A produção deve atingir 44
bilhões de litros neste ano,
com capacidade de produção
de 50 bilhões, de acordo com
a consultoria.
As exportações brasileiras
do combustível para os EUA
cresceram 79% em receita e
40% em volume neste ano,
até agosto, em relação ao
mesmo período de 2009.
CARGA PESADA
O aumento das vendas de veículos
pesados e a colheita recorde da safra de
grãos brasileira impulsionaram o mercado de lonas de caminhões.
Com investimentos de R$ 40 milhões, a Drakar, fábrica de lonas e coberturas do grupo Ledervin, começou a
operar neste ano e já registra forte crescimento da demanda.
Além das vendas de caminhões novos, que já saem de fábrica com a lona
como um acessório original, as trocas e
reposições também têm aquecido os
negócios, segundo os executivos Frederico Alves de Lima e Laerte Serrano,
que estão à frente da Ledervin.
Outra empresa do grupo, a Voga, de
forração para móveis, também registra
crescimento da demanda.
"O aumento das compras de móveis, principalmente pelas classes C
e D, tem impulsionado o mercado",
afirma Serrano.
O grupo Ledervin projeta faturamento de R$ 350 milhões para este
ano, com aumento de 30% sobre o
ano anterior.
Gelada... O preço da cerveja consumida em casa caiu
0,92% em setembro, ante a alta de 0,45% do IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrado no
mesmo período.
...na inflação Embora o
setor de alimentos e bebidas
tenha sido o principal responsável pela inflação, a cerveja
doméstica puxou o índice para baixo. A inflação anual do
produto é negativa, ficou em
-2,14%, ante o IPCA de 3,6%.
Na frente... O Brasil é líder no uso da tecnologia
"smart grid" (transformação
da rede elétrica em rede inteligente) na América Latina, segundo o Fórum Latino-Americano de Smart Grid.
...do grid Enquanto os
países vizinhos têm dificuldades, no Brasil, a estimativa é
que até 2013 as concessionárias tenham em seus planos de
investimento cerca de R$ 4 bilhões em projetos relacionados à tecnologia.
Pernambuco e Rio são destaque da indústria têxtil em agosto
As indústrias têxteis de
Pernambuco e do Rio de Janeiro voltaram a apresentar,
em agosto, o melhor desempenho do setor.
Com um crescimento mais
elevado do que no mês anterior, a produção subiu 23,5%
e 15,5%, respectivamente, segundo dados do IBGE.
Forte exportadora, a indústria têxtil pernambucana
foi uma das que mais sofreram com a crise no ano passado. Estados Unidos e
União Europeia, seus principais compradores, diminuíram as encomendas.
O desgaste sofrido explica
a forte recuperação atual, segundo a Abit (Associação
Brasileira da Indústria Têxtil
e de Confecção).
Apresentaram retração as
indústrias do Ceará (-4,3%) e
de Minas Gerais (-1,5%). A
média no país foi de 3,8%.
PÉ NA ESTRADA
A agência baiana de publicidade Propeg quer estender
seu modelo de atuação descentralizado. A empresa há
45 anos começou a operar em
Salvador e depois abriu escritórios para atender em Lauro
de Freitas (BA), Fortaleza,
São Paulo e Brasília.
"Como nascemos na Bahia, tivemos que sair para outros Estados à medida que
ganhávamos clientes. Fomos
formando uma gestão de unidades sem conceito de matriz", conta Fernando Barros,
presidente da agência.
Em Lauro de Freitas,
atende seu maior cliente, a
Máquina de Vendas e a
baiana Insinuante. Abriu
unidade em Fortaleza para cuidar da conta do M.
Dias Branco e agora se prepara para chegar ao Rio de
Janeiro, antes da Copa.
"Talvez, no Rio, a agência chegue antes de ter um
cliente expressivo, devido
aos grandes eventos", diz.
A empresa faturou R$ 315
milhões em 2009.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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