São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Egito impulsiona Bolsa, e petróleo cai

Investidor vê aversão menor aos mercados de risco, como o brasileiro, e compra ações; Bolsa de SP avança 1,82%

Barril recua 1,33% em NY; notícia surge só no fim do expediente em Londres e não tem impacto no Brent

TONI SCIARRETTA
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Os mercados globais receberam ontem com euforia a renúncia do ditador Hosni Mubarak no Egito.
A notícia reverteu o mau humor dos investidores, que aumentaram o apetite por ações nas principais Bolsas que ainda estavam abertas.
O petróleo, que subiu nas últimas duas semanas por conta da violência no Egito, perdeu fôlego e encerrou a US$ 85,58 o barril, com baixa de 1,33% em Nova York. Em Londres, que terminava o expediente, o petróleo do tipo Brent terminou a US$ 101,43 o barril, com alta de 0,56%.
A Bolsa de Nova York teve alta de 0,36% no índice Dow Jones, termômetro dos negócios das 30 empresas mais poderosas do mundo.
A Nasdaq, onde são negociadas as empresas de tecnologia, teve alta maior, de 0,68%.
No Brasil, a Bolsa encerrou a semana com alta de 1,82% ontem no Ibovespa. Foi o segundo dia seguido de valorização, que reduziu as preocupações com uma possível debandada dos investidores globais do Brasil. No mês, as perdas ainda estão em 1,2%.
"Tirou o bode da sala. Havia o temor de uma crise de abastecimento de petróleo", disse Newton Rosa, economista da SulAmérica.
Os analistas da Lerosa Investimentos apostam que, num cenário de menor aversão ao risco, é possível contar com um retorno gradativo dos investidores estrangeiros ao mercado brasileiro. Neste mês, eles retiraram mais de R$ 1 bilhão da Bolsa brasileira, que chegou a recuar mais de 7% desde o início do ano.
Os estrangeiros respondem por cerca de um terço dos negócios da Bovespa.
O dólar comercial fechou a R$ 1,667, em baixa de 0,23%.

CAIRO
A Bolsa do Cairo deve reabrir amanhã, após duas semanas fechada. Os papéis da construtora Orascon, empresa egípcia mais negociada no exterior, reverteram a queda de 6,1% e terminaram em baixa de 0,7% em Nova York.
No mercado de dívida, os juros dos títulos em dólares do Egito recuaram.


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