São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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"Adoramos a lista da Foxconn", diz HP

Presidente da empresa americana chama requisitos da taiwanesa de "sonho da indústria'; CEO quer expansão no Brasil

Vantagens fiscais e desburocratização pedidas por Foxconn permitiriam maior produção pela HP

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

A HP colocou o Brasil entre os mercados prioritários do mundo para pesquisa de tecnologias, lançamento de produtos e, graças aos pedidos da Foxconn ao governo brasileiro, poderá também expandir a produção de equipamentos no país.
Os planos foram revelados ontem pelo presidente global da companhia, Léo Apotheker, que escolheu o Brasil para sua primeira visita como líder da HP à América Latina.
Egresso da SAP, Apotheker assumiu em setembro.
"Se o governo criar condições favoráveis para companhias como nós, vamos observar as oportunidades e expandir nossa produção por aqui", afirmou Apotheker.
Embora tenha se mostrado reticente quanto à contratação de 100 mil profissionais pela Foxconn, afirmou que a estratégia poderá ser boa para a HP como segundo maior cliente da taiwanesa.
Atualmente a HP fabrica localmente impressoras, notebooks, desktops e netbooks em regime terceirizado -com parceiros como Flextronics, Jabil e Foxconn- e servidores em fábrica própria em Sumaré (SP).
"Adoramos a lista de requisitos da Foxconn ao governo brasileiro. Ela é um sonho da indústria", complementou Oscar Clarke, presidente da HP Brasil.
Outros planos da companhia para o país incluem o centro de pesquisa e desenvolvimento, que a HP mantém em Porto Alegre em parceria com a PUC-RS.
Hoje com 600 funcionários e dedicada a pesquisas para clientes da HP no país, a unidade poderá começar também a atender projetos mundiais.
O terceiro pilar de expansão envolve o lançamento de equipamentos.
"Colocamos o Brasil entre os mercados prioritários para novos produtos e isso poderá ser visto com aparelhos com o sistema WebOS em português", disse Apotheker.

SMARTPHONE E TABLET
Tecnologia herdada com a aquisição da Palm, em 2010, o software WebOS é uma das apostas da HP para seus produtos móveis como smartphones e tablets.
O primeiro smartphone compacto será lançado na próxima semana, e o tablet, em julho (no Brasil, deve chegar no segundo semestre).
Outro pilar que a companhia pretende abordar no Brasil é o de computação em nuvem, em que poderá vender software, serviços e capacidade de processamento de seus servidores.
Isso poderá favorecer a construção local de data centers para abrigar projetos.
A atenção da companhia para o mercado brasileiro não é exagerada. Hoje, Brasil, Índia, Rússia e China respondem por 11% do faturamento, de US$ 127 bilhões.


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