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Economia chinesa dá novos sinais de desaceleração
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O crescimento dos investimentos e da produção industrial da China se desacelerou
ainda mais no mês passado,
aumentando o debate se Pequim precisa relaxar algumas das suas medidas para
conter a formação de uma
bolha de ativos no país.
A produção industrial chinesa cresceu em julho 13,4%
ante igual mês de 2009, após
se expandir em 13,7% em junho. O crescimento do setor
foi o menor desde agosto do
ano passado -excluindo as
distorções provocadas pelos
feriados de início de ano.
A formação bruta de capital fixo -uma medida dos investimentos- cresceu 24,9%
entre janeiro e julho, abaixo
da alta de 25,5% até junho.
Outro indicador que mostrou desaceleração foi o de
vendas do varejo, que se expandiu em 17,9% no mês
passado, após avançar
18,3% em junho.
Nas últimas semanas, o
governo chinês vem tomando medidas para conter o excesso de crédito e a especulação no mercado imobiliário,
além de ter ordenado o fechamento de 2.087 fábricas
para atingir as metas de eficiência energética.
Essas ações de Pequim,
porém, começam a ser contestadas por analistas.
"O governo chinês deveria
ser mais cuidadoso com as
restrições a propriedades e
energia e mudar para uma
política mais leve e flexível a
fim de garantir que o crescimento econômico não se desacelere muito fortemente",
afirmou Liu Li-Gang, economista do Australia & New
Zealand Banking Group.
E, com a economia mostrando que está perdendo
mais força do que o esperado, deve crescer a pressão
para que Pequim reverta as
políticas de aperto -especialmente dos governos locais que têm fortes ligações
com o setor imobiliário e com
a indústria pesada (que teve
várias fábricas fechadas).
EFEITOS
A economia chinesa é o
principal motor da retomada
global e um enfraquecimento da sua demanda pode ter
fortes consequências sobre
as economias com as quais
têm ligações mais fortes, especialmente as asiáticas.
O Japão é um exemplo, já
que, segundo o próprio governo japonês, as exportações para a China foram
"uma força fundamental"
para a recuperação do país.
Coreia do Sul e Taiwan são
outros países que também
podem ser bastante afetados.
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