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Banrisul vai ser credenciador de cartões
Rede do banco passará a capturar MasterCard e intenção é agregar mais bandeiras
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
Pouco mais de um mês depois do fim da exclusividade
no setor de credenciamento
de cartões-em 1º de julho-,
o Banrisul (Banco do Estado
do Rio Grande do Sul) entra
nesse mercado.
O banco passa a concorrer
com Cielo, Redecard e Santander, que tem parceria com
a empresa gaúcha de processamento de transações eletrônicas GetNet.
A rede do Banrisul, que só
aceitava o cartão Banricompras, passará a capturar também pagamentos com MasterCard.
"E estamos em busca de licenças de outras bandeiras",
diz Carlos Malafaia, superintendente de canais eletrônicos do banco.
A rede Banricompras tem
hoje 100 mil estabelecimentos comerciais credenciados.
Em 2009, capturou 61,3
milhões de transações, com
volume de R$ 3,9 bilhões.
Segundo Malafaia, a rede
estará totalmente apta a receber os pagamentos com MasterCard em janeiro de 2011.
O executivo diz que, para
um banco regional, é "fundamental" entrar no mercado
de credenciamento. "A partir
desse serviço, pode nascer
uma longa história de crédito
com o cliente", avalia.
O Banrisul possui 434
agências no Rio Grande do
Sul e em Santa Catarina, sendo 397 só no Estado gaúcho.
"Nossa ideia é sermos credenciadores nos mercados
em que temos presença física. É essencial para o cliente
ter uma agência para se relacionar com o banco", completa.
A rede do Banrisul ficará
sob responsabilidade da
CSU, empresa de processamento de meios eletrônicos
de pagamentos.
Desde 2008, a companhia
investiu R$ 30 milhões na
preparação de seu software
para credenciamento de cartões, apostando na abertura
do mercado.
"Oferecemos desde suporte técnico até serviços como
controle de contabilidade e
antecipação de recebíveis",
diz Décio Burd, diretor de relações com investidores.
Com 35 anos de experiência no mercado de cartões,
Burd acredita que "bancos
de nicho" são os que devem
reforçar presença no setor de
credenciamento nessa fase
pós-liberação.
Além disso, Burd avalia
que o mercado pode interessar também a varejistas, por
causa do grande fluxo de
transações que elas têm.
"Há muito espaço para
crescer. Nos Estados Unidos,
há 103 credenciadores. No
Reino Unido, 10. E, no México, 12", compara.
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