São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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Desembolsos do banco caem 3% no acumulado de janeiro a julho

JANAINA LAGE
DO RIO

Os desembolsos do BNDES tiveram queda de 3% no acumulado de janeiro a julho e somaram R$ 72,656 bilhões. O presidente do banco, Luciano Coutinho, atribuiu a queda ao fim dos efeitos do empréstimo de R$ 25 bilhões para a Petrobras, realizado no ano passado.
O empréstimo para a estatal inflou a base de comparação. Sem essa operação, os financiamentos do banco teriam registrado alta de 48%.
A indústria registrou queda de 39% no volume de financiamentos, com um total de R$ 23,8 bilhões. Os recursos para a infraestrutura, que incluem financiamentos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), registraram alta de 15% e somaram R$ 28,3 bilhões.
Coutinho comentou a polêmica sobre o aporte de recursos do Tesouro e as críticas em relação ao papel do banco. "Sabemos que em períodos eleitorais as torcidas ficam muito animadas. Faz parte da democracia, a gente está tranquilo", disse.
O banco afirma que os investimentos continuarão em alta nos próximos anos e estima que a taxa de investimento chegará a 22,2% do PIB em 2014. Para este ano, prevê uma taxa de 19%.
Coutinho disse ter recebido com surpresa a manifestação de entidades empresariais que saíram em defesa do banco na semana passada.
Afirmou que o posicionamento dos empresários é realista porque reconhece o problema da falta de financiamento de longo prazo no país, papel que tem sido exercido pelo BNDES.


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