DE SÃO PAULO - O pessimismo dos investidores sobre a recuperação da economia norte-americana e os temores sobre uma possível desaceleração na China fizeram a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrar ontem seu pior dia em seis semanas.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, caiu 2,13%, a pior desvalorização desde 29 de junho, para 65.790 pontos. Desde sexta-feira, já registrou queda de 3,83%, de volta aos 65 mil pontos, nível de fechamento registrado pela última vez em 22 de julho. Nos EUA, os índices zeraram os ganhos acumulados no ano.
"O comunicado do Fed na terça-feira trouxe um sentimento bastante negativo sobre algo que todo mundo já tinha percebido, que é a fragilidade do crescimento das economias desenvolvidas", afirmou Kelly Trentin, analista-chefe da corretora Spinelli.
Além disso, "a China realmente está em processo de desaceleração, que é intencional, mas traz um viés negativo, uma vez que ela é compradora de produtos de vários países, inclusive do Brasil", disse, citando os dados sobre a atividade industrial no país asiático.
Com a notícia, as ações ligadas a commodities, como siderúrgicas, mineradoras e Petrobras, tiveram forte queda -todas registraram desvalorização média de pelo menos 3%.
Nesse cenário, a taxa de câmbio doméstica fechou na maior cotação em duas semanas, a R$ 1,77 (alta de 0,68%).


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