Aplicações de até R$ 70 mil são livres de risco devido à cobertura integral do Fundo Garantidor de Créditos

DE SÃO PAULO

Sem rede de agências, bancos pequenos como Sofisa e Ficsa decidiram se voltar para a internet para vender CDBs (Certificados de Depósito Bancário) ao grande público com as mesmas taxas que pagam a quem aplica mais de R$ 1 milhão.
A proposta dos bancos é aumentar a captação e "romper a barreira" de 100% do CDI (referência de juros pós-fixados, que segue a Selic), juro que os grandes bancos relutam em dar no varejo.
Quem aplica até R$ 70 mil , o Ficsa não vende acima desse valor, está livre do risco do banco devido à cobertura do Fundo Garantidor.
Especialistas sugerem que o pequeno investidor se atenha a esse valor até se sentir confortável com a aplicação.
"Risco maior não quer dizer que vai quebrar. O investidor pode aproveitar essa cobertura do Fundo Garantidor para obter taxas melhores", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.
Com taxas agressivas, os bancos querem competir com o Tesouro Direto. Ao comprar CDB, o cliente economiza as taxas da Bolsa (0,10%) e da corretora (0% a 1%).
"O impacto das taxas no Tesouro e nos fundos levam grande parte da rentabilidade", disse Bazili Swioklo, diretor do Sofisa Direto.
O banco se inspirou no holandês ING Direct, banco eletrônico que faz de crédito e aplicações pela internet.
Para investir, o cliente precisa abrir uma conta eletrônica. O site vende três tipos de CDB: pós-fixado (segue o CDI), pré-fixados e indexados à inflação pelo IPCA. Os papéis têm liquidez diária ou carência de até três anos.
O banco dá a mesma taxa -100% a 110% do CDI- para quem aplica de R$ 1 a R$ 1 milhão. Já os prefixados têm taxas até 20% maiores do que as LTN (Letras do Tesouro Nacional). (TONI SCIARRETTA)


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