|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Europa erra com benefício a desempregados, diz premiado
DE SÃO PAULO
Benefícios concedidos aos
desempregados podem causar problemas estruturais
graves nas economias dos
países, disse um dos premiados ontem. Isso porque trabalhadores podem se acomodar e contribuir para índices
prolongados de desemprego.
A tese ataca diretamente
políticas já estabelecidas em
países como França e Espanha, onde o Estado garante o
pagamento de seguro-desemprego. Na Espanha, o índice de desemprego cresceu
de 8% em 2007 para cerca de
20% no segundo trimestre.
"Muitos países europeus
cometeram erros graves com
a depressão da economia e a
concessão de benefícios",
disse Pissarides à Folha por
telefone após a entrevista coletiva, em Londres.
Segundo o professor, mercados emergentes devem tomar essa situação como
exemplo para evitar repetir
os mesmos erros.
"Alguns incentivos podem
ser importantes para os trabalhadores quando os países
estão crescendo, mas, quando os países emergentes atingem outras fases de crescimento, esses benefícios podem ser perigosos", disse.
Para Pissarides, análises
como as suas podem ajudar
na criação de políticas públicas capazes de ajudar a reduzir o desemprego.
Para Aloisio Araújo, da
FGV-Rio, algumas das medidas propostas podem parecer cruéis, mas são necessárias em nome da estabilidade
dos países. "É necessário um
equilíbrio para não ter em volume excessivo de trabalhadores desempregados."
O professor Peter Diamond
classificou como "dolorosa"
a recuperação pós-crise. "Esse processo vai ser lento e doloroso para toda a economia
e, obviamente, para todos
com dificuldades de encontrar trabalho", disse.
Para ele, o resgate dos
bancos depois da crise de
2008 era "absolutamente essencial".
Texto Anterior: Análise do mercado de trabalho leva Nobel Próximo Texto: Consumo: 72% devem gastar mais neste ano com presentes para as crianças Índice | Comunicar Erros
|