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"De olho em tudo", Eike Batista não descarta interesse no SBT
Pela manhã, empresário admite que poderia comprar emissora de TV; à tarde, assessoria nega
Eike diz que enxerga um espaço gigante para ampliar investimentos em setores em que
o Brasil é ineficiente
CIRILO JUNIOR
DO RIO
O empresário Eike Batista,
dono do grupo EBX, admitiu
ontem que pode ter interesse
em empresas do Grupo Silvio
Santos, como o SBT e o banco
PanAmericano.
Questionado sobre rumores dando conta do interesse,
afirmou que está "de olho em
tudo".
"A gente olha tudo. O que
dá para arbitrar e fazer melhor a gente olha", afirmou,
após fazer palestra na Firjan
(Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro).
Sem desmentir em nenhum momento as especulações em torno das empresas
de Silvio, o bilionário não
confirmou se já iniciou negociações com o dono do SBT.
Mais tarde, no entanto, Eike voltou atrás, e, por meio
de sua assessoria de imprensa, negou a possibilidade de
comprar o SBT.
No início da tarde, havia
dito ainda que seria interessante ter um canal de televisão, já que anunciou, nesta
semana, a criação da IMGX,
joint venture com a americana IMG, uma das gigantes
mundiais na área de entretenimento e esportes.
"Jamais entraria para competir com a AmBev ou com o
Submarino. O Brasil tem
áreas de excelência que competem com qualquer player
mundial. Mas o Brasil tem
um outro lado, que é o Brasil
ineficiente. Então tudo que é
ineficiente no Brasil a gente
enxerga um espaço gigante."
Para uma plateia que lotou
o salão da Firjan, Eike anunciou que as empresas do grupo EBX vão investir US$ 27
bilhões de 2010 a 2012.
Reafirmou o interesse em
fabricar carros no país, destacando que a frota de veículos tem potencial para triplicar até 2020. Para isso, comentou estar negociando
com empresários chineses,
coreanos e europeus.
A ideia é começar a produzir em até três anos, em área
do porto de Açu, complexo
industrial que está sendo erguido no norte fluminense.
"Por que não convencer uma
BMW a ir para lá?", indaga.
O empresário confirmou
que ainda estuda fazer IPO
(lançamento de ações na Bolsa, na sigla em inglês) da holding EBX. "Temos agilidade
para mudar de rumo. Ficamos sempre preparados, estamos crescendo. Temos capital e acesso a capital, tem
mais grupos estrangeiros
querendo investir no país."
Sobre a venda de parte dos
ativos da OGX, braço de petróleo e gás de seu grupo, Eike afirmou que segue negociando com as chinesas Sinopec e Cnooc. "Está tudo se
encaminhando bem", limitou-se a declarar. O empresário admite negociar até 30%
dos blocos que a OGX detém.
A empresa de petróleo tem
descobertas estimadas em
5,5 bilhões de barris de óleo e
gás. As reservas, porém, ainda não foram provadas. A
OGX prevê iniciar a produção
em 2011, chegando a 1,3 milhão de barris/dia em 2019.
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