São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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commodities

Braskem investirá R$ 1,6 bi em 2011

Volume permanece estável ante 2010 e inclui nova fábrica de plástico verde, além de gastos com o Comperj

Empresa teve lucro de R$ 554 milhões no terceiro trimestre; alta nas vendas compensou queda de preço e câmbio

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Os investimentos da petroquímica Braskem em 2011 devem ficar em linha com os aportes realizados neste ano, em torno de R$ 1,6 bilhão. O diferencial estará no direcionamento dos recursos.
Em linha com o objetivo de ampliar a oferta de resinas e plásticos feitos a partir de uma matéria-prima sustentável -o etanol de cana-, a companhia deve anunciar, até o fim deste ano, a localização de uma nova fábrica destinada à química verde.
A unidade, já no orçamento de 2011, terá capacidade para produzir de 30 mil a 50 mil toneladas de polipropileno (plástico) verde por ano.
E, apesar do interesse de diversos países em sediar uma fábrica de plástico verde, o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, garantiu que ela será construída no Brasil.
Segundo ele, os projetos em química verde devem estar vinculados ao etanol brasileiro, devido à sua competitividade. "Percebemos o Brasil como o Oriente Médio da química verde", afirmou ontem, após apresentar o balanço do terceiro trimestre.
Também estão incluídos na cifra de R$ 1,6 bilhão projetos em andamento e outros empreendimentos que ainda devem ser aprovados pelo conselho de administração.
Além da nova unidade de química verde -em setembro, a Braskem inaugurou uma fábrica de resinas feitas a partir de etanol-, os conselheiros devem se debruçar em breve sobre o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que erguerá em parceria com a Petrobras.
"Apresentaremos detalhes no primeiro trimestre de 2011, como tamanho do projeto, escala e produtos", disse Gradin. Até agora, está definido apenas que a Braskem conduzirá a parte petroquímica do Comperj.

MERCADO AQUECIDO
Os resultados da Braskem mostraram um mercado interno aquecido no terceiro trimestre. As vendas de resinas termoplásticas da empresa no país cresceram 17% em relação ao trimestre anterior, para 934 mil toneladas.
O aumento compensou a queda de preço e o câmbio desfavorável. A receita líquida subiu 12% ante o segundo trimestre, para R$ 7,3 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1 bilhão, estável ante o trimestre anterior.
O lucro líquido da petroquímica foi de R$ 554 milhões, ante R$ 45 milhões no segundo trimestre e R$ 645 milhões há um ano.


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