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commodities
Braskem investirá R$ 1,6 bi em 2011
Volume permanece estável ante 2010 e inclui nova fábrica de plástico verde, além de gastos com o Comperj
Empresa teve lucro de R$ 554 milhões no terceiro trimestre; alta nas vendas compensou queda de preço e câmbio
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
Os investimentos da petroquímica Braskem em 2011 devem ficar em linha com os
aportes realizados neste ano,
em torno de R$ 1,6 bilhão. O
diferencial estará no direcionamento dos recursos.
Em linha com o objetivo de
ampliar a oferta de resinas e
plásticos feitos a partir de
uma matéria-prima sustentável -o etanol de cana-, a
companhia deve anunciar,
até o fim deste ano, a localização de uma nova fábrica
destinada à química verde.
A unidade, já no orçamento de 2011, terá capacidade
para produzir de 30 mil a 50
mil toneladas de polipropileno (plástico) verde por ano.
E, apesar do interesse de
diversos países em sediar
uma fábrica de plástico verde, o presidente da Braskem,
Bernardo Gradin, garantiu
que ela será construída no
Brasil.
Segundo ele, os projetos
em química verde devem estar vinculados ao etanol brasileiro, devido à sua competitividade. "Percebemos o Brasil como o Oriente Médio da
química verde", afirmou ontem, após apresentar o balanço do terceiro trimestre.
Também estão incluídos
na cifra de R$ 1,6 bilhão projetos em andamento e outros
empreendimentos que ainda
devem ser aprovados pelo
conselho de administração.
Além da nova unidade de
química verde -em setembro, a Braskem inaugurou
uma fábrica de resinas feitas
a partir de etanol-, os conselheiros devem se debruçar
em breve sobre o Comperj
(Complexo Petroquímico do
Rio de Janeiro), que erguerá
em parceria com a Petrobras.
"Apresentaremos detalhes
no primeiro trimestre de
2011, como tamanho do projeto, escala e produtos", disse Gradin. Até agora, está definido apenas que a Braskem
conduzirá a parte petroquímica do Comperj.
MERCADO AQUECIDO
Os resultados da Braskem
mostraram um mercado interno aquecido no terceiro
trimestre. As vendas de resinas termoplásticas da empresa no país cresceram 17%
em relação ao trimestre anterior, para 934 mil toneladas.
O aumento compensou a
queda de preço e o câmbio
desfavorável. A receita líquida subiu 12% ante o segundo
trimestre, para R$ 7,3 bilhões. O Ebitda (lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortização) somou
R$ 1 bilhão, estável ante o trimestre anterior.
O lucro líquido da petroquímica foi de R$ 554 milhões, ante R$ 45 milhões no
segundo trimestre e R$ 645
milhões há um ano.
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