São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011 |
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COMMODITIES Banco prevê queda no petróleo, sugere venda e afeta mercados Barril cai com relatório do Goldman e previsão de agência de que cotações afetam demanda global Economia japonesa também preocupa os investidores, e Bolsas no mundo recuam; Bovespa perde 1,86% EPAMINONDAS NETO DE SÃO PAULO GUILHERME CHAMMAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Após atingir a maior cotação em mais de dois anos e meio, na semana passada, os preços do petróleo arrefeceram ontem, em um sinal de que o ciclo de alta do produto pode ter chegado ao fim. O Brent, de Londres, fechou a US$ 120,92, queda de 2,5% ante segunda-feira, e em dois pregões acumula desvalorização de 4,5%. O preço do barril negociado em Nova York teve queda ainda maior, de 3,3%, e fechou o dia a US$ 106,25. Em dois dias, perdeu 5,8%. Um dos motivos para a queda foi o relatório divulgado pelo Goldman Sachs que recomenda aos investidores que realizem o lucro acumulado com as commodities (ou seja, que se desfaçam de seus contratos), já que o cenário atual não compensa a relação risco-retorno. O banco prevê que o Brent vá cair a US$ 105 nos próximos meses. Outros produtos primários, como açúcar, milho, soja e cobre, também fecharam o dia em queda. "Não só há sinais incipientes de menor demanda, mas um recorde no período de especulação no mercado de petróleo", publicou o banco. Além do relatório, o mercado também refletiu as declarações da Opep, que diminuiu a previsão de crescimento da procura, e da Agência Internacional de Energia, que deu sinais de que o preço do petróleo poderia afetar a demanda. Outros fatores que contribuíram para o mau humor foram: as declarações do Japão de que o vazamento de Fukushima é tão grave quanto o desastre de Chernobyl, a previsão de que a economia japonesa será mais afetada pelo terremoto do que o previsto e o faturamento da Alcoa aquém do esperado. BOLSAS As ações da Petrobras foram a demonstração mais explícita do pessimismo do mercado, ao recuar mais de 3%, com mais de R$ 1,1 bilhão em negócios fechados ontem. No mesmo dia, a Bovespa caiu 1,86%, o seu maior tombo num só dia em mais de dois meses. A maior aversão ao risco também teve impacto sobre as cotações da moeda americana: a taxa de câmbio doméstica alcançou R$ 1,593, no maior aumento diário (0,75%) desde a primeira quinzena de janeiro. As principais Bolsas europeias fecharam o dia em queda, e, nos EUA, o Dow Jones perdeu 0,95%. Com o "Financial Times" Texto Anterior: Outro lado: Empresa não se pronuncia; Infraero nega irregularidade Próximo Texto: Mineração: Votorantim vai investir R$ 1 bilhão em metais neste ano Índice | Comunicar Erros |
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