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Confraria fecha as portas para o "modismo"
DE PORTO ALEGRE
Não há placas indicando
que o casarão numa esquina de classe média de Porto
Alegre seja um bar. Para o
Bierkeller, templo do consumo de cervejas especiais
de Porto Alegre, propaganda não é a alma do negócio.
O dono, Vittorio Lewandowski, 50, explica por que
faz segredo até do endereço
do local: "Nada contra, mas
aqui não vai virar um lugar
da moda, nosso foco é cultura cervejeira".
O Bierkeller funciona como confraria. Para degustar
os mais de 150 tipos diferentes de cerveja que a casa
oferece, precisa ser conhecido do dono. Do contrário,
a tentativa de visita pode reservar a cara na porta.
Cem clientes são sócios
da confraria. Por uma mensalidade de R$ 20, "simbólica", segundo Lewandowski, o sócio ganha o privilégio de entrar sem ter de tocar a campainha. Um leitor
de impressão digital funciona como chave da porta.
Cervejas custam entre
R$°4 e R$ 80 a garrafa. A decoração evoca um armazém
de secos e molhados do início do século passado.
Durante o dia, os confrades podem fabricar no próprio local a cerveja que vão
beber. Exige uma precisão
de relojoeiro para lidar, durante horas, com detalhes
como escolha de ingredientes ou tempo de fermentação.
(GR)
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