São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011

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Jornal 'Boston Globe' lança novo modelo para a cobrança on-line

Publicação do grupo do 'NYT' terá 2 versões, uma 100% paga

LUCIANA COELHO

DE WASHINGTON

Mais um grande jornal americano passará a cobrar pelo acesso a seu conteúdo -e, desta vez, sem brechas. O "Boston Globe", que pertence ao "New York Times", repaginou seu site e, a partir de outubro, cobrará de quem quiser lê-lo em computadores, celulares e tablets.
Por ora, o novo site, BostonGlobe.com, pode ser acessado de graça. A partir do mês que vem, a assinatura semanal de US$ 3,99 (R$ 6,75) dará acesso às três plataformas.
A versão anterior do Boston Globe on-line, o Boston.com, tem 16 anos e continuará existindo -ela é aberta ao público, mas só assinantes têm acesso às principais reportagens e aos arquivos.
Blogs, notícias de última hora, cobertura esportiva e reportagens não exclusivas, porém, são gratuitas.
Todo o conteúdo do novo site ficará atrás do "paywall" -a barreira da cobrança. O modelo inova, pois a maioria dos jornais que cobra pelo acesso on-line libera parte das notícias não exclusivas.
Além disso, é também a primeira vez que um jornal americano de porte (a circulação média do "Globe" é de 220 mil exemplares nos dias de semana) passa a ter uma versão gratuita e outra paga, distintas entre si.
"Enquanto o BostonGlobe.com é essencialmente jornalismo puro, o Boston.com é como uma praça virtual, na qual você também debate com os vizinhos e compra ingressos para eventos", afirmou o editor-executivo do "Globe", Martin Brown.
Assinantes da versão impressa terão acesso ao novo produto automaticamente.
O movimento segue o do "New York Times", que neste ano passou a cobrar de quem lê on-line mais de 20 reportagens por mês.
Segundo o jornal, as assinaturas de sua versão impressa, que incluem a eletrônica, aumentaram após a implantação do "paywall".
Em julho, o "Times" contava 224 mil assinantes digitais e outros 100 mil assinantes patrocinados por uma promoção da Ford. O valor, cerca de US$ 30 ao mês dependendo dos impostos, é superior ao US$ 16 do Globe.
A Folha testou o site nas três plataformas ontem, e ele funcionava bem.


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