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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Venda de adubos retorna a patamares normais
Os números do setor de
adubos e fertilizantes são impressionantes. As importações somaram US$ 720 milhões no mês passado, com
evolução média diária de
36% em relação à do mesmo
período de 2009. Os dados
são da Secex (Secretaria de
Comércio Exterior).
Já as importações acumuladas de janeiro a setembro,
em volume, somaram 10,7
milhões de toneladas, 35%
mais do que nos nove primeiros meses do ano passado,
conforme informações da
Anda (Associação Nacional
para a Difusão de Adubos).
Apesar dessa indicação de
aquecimento, o setor está
apenas retornando aos patamares normais anteriores à
crise financeira.
Com a melhora dos preços
internacionais, a demanda
está melhor, concorda David
Roquetti Filho, diretor-executivo da Anda. A procura
aumentou, principalmente
por parte dos produtores que
postergaram a compra para o
segundo semestre.
Os números deste ano
mostram alta sobre os de
2009, mas ainda indicam
queda em relação aos de
2008 e aos de 2007, avalia o
executivo. A entrega de adubo até setembro somou 16,7
milhões de toneladas, 8%
menos do que em 2008.
Utilizando dados da RC
Consultores, Roquetti diz
que a distribuição de adubos
neste ano deverá ser de 23,5
milhões de toneladas, podendo subir para 24,5 milhões no próximo.
Se confirmados, esses valores são bem superiores aos
22,5 milhões de 2009, mas
ainda ficam abaixo dos 24,6
milhões de 2007.
O melhor cenário de preços neste segundo semestre
deu ânimo maior aos produtores, que devem usar mais
insumos nas lavouras.
As perspectivas são de
maior utilização de fertilizantes também na safra do próximo ano.
Renovação dos canaviais e
maiores cuidados com café,
soja e milho devem gerar
uma demanda maior de fertilizantes no país.
Boi firme Os pecuaristas
devem avaliar com calma os
frigoríficos da sua região e
negociar o boi gordo pela
melhor oferta. Sem desespero. A tendência é que os preços permaneçam firmes pelo
menos até dezembro.
Ainda em alta A avaliação é Ian Hill, da Agropecuária Jacarezinho. "Não me surpreenderei se a atual cotação
[média de R$ 112 por arroba,
em São Paulo] subir ainda
mais, mesmo que lentamente, nas próximas semanas."
Bebendo melhor O
brasileiro ainda toma pouco
vinho. O consumo per capita
mantém-se em torno de três
litros por ano. Mas, na avaliação de Franco Perini, da Vinícola Perini, o consumidor nacional está bebendo melhor.
Saudáveis "O brasileiro
volta suas atenções para o
consumo de bebidas saudáveis. Vinhos e sucos são opções", ressalta Perini. Com
isso, as vinícolas brasileiras
aumentam as vendas, principalmente as de espumantes
finos.
Ovinos Em cinco anos, o
Brasil deverá ser autossuficiente na produção de ovinos, acredita Paulo Schwab,
presidente da Arco (Associação Brasileira dos Criadores
de Ovinos).
Regular Schwab acredita que o país possa chegar a
50 milhões de cabeças nesse
período, o que garantiria
uma produção que sustenta
o consumo regular o ano todo, sem sobressaltos.
Com KARLA DOMINGUES
OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Mercado Interno
BOI GORDO
(arroba em SP) R$ 109,30
SUÍNO
(arroba em SP) R$ 66,00
Chicago
MILHO
(US$ por bushel) 5,34
SOJA
(US$ por bushel) 12,7
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