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Controlador da Wizard compra a Microlins
Com o negócio, Grupo Multi vira líder no setor de franquias educacionais
Redes privadas de ensino técnico e de idiomas cresceram 16,4% em 2009; receita chegou a R$ 5 bilhões
DE SÃO PAULO
O Grupo Multi, dono das
redes de idiomas Wizard e
Skill e de uma cadeia de escolas profissionalizantes, comprou seu principal concorrente, a Microlins, por cerca
de R$ 110 milhões.
A Anhanguera Educacional Participações, que detinha 30% da Microlins, ficou
com R$ 33,7 milhões. O restante (70%) foi vendido pelo
empresário José Carlos Semenzato, fundador da rede.
O Multi arcará ainda com
R$ 32,7 milhões em dívidas
da Microlins com a Anhanguera. Esse pagamento será
feito em duas vezes. O primeiro, no valor de R$ 10,2 milhões, será feito à vista. O segundo, de R$ 22,5 milhões,
em seis meses.
Maior rede de escolas profissionalizantes do país, a Microlins foi fundada em 1991 e
conta atualmente com 500
mil alunos matriculados em
750 unidades abertas em regime de franquia em 500 cidades. Em 2009, seu faturamento foi de R$ 400 milhões.
Fundado em 1987, o Grupo
Multi possui 2.000 escolas no
Brasil, EUA, Europa e América Latina, oferecendo cursos
de idiomas e profissionalizantes (informática, administração e eletrônica, entre
outros). Em 2009, o faturamento foi de R$ 1,2 bilhão.
Pertencente ao empresário
Carlos Wizard Martins, o
Multi já era forte na rede de
idiomas, contando com 1.200
escolas da rede Wizard, 300
da Skill e outras 150 da Alps.
Em 2008, o grupo reforçou
sua atuação na área profissionalizante, adquirindo a
SOS Computadores, cadeia
de ensino de informática que
contava com 300 unidades.
Na ocasião, Martins afirmou à Folha que negociava a
compra de seis redes de franquias para se consolidar na
liderança desse mercado.
Uma delas seria fechada no
primeiro semestre deste ano.
Agora, com a aquisição da
Microlins, o Multi se torna a
maior rede privada de ensino
profissionalizante do país,
com 1.070 escolas destinadas
somente a esse segmento.
EM EXPANSÃO
As franquias educacionais
e profissionalizantes vêm registrando taxa de crescimento acima de 10% há cerca de
cinco anos. Em 2009, ela foi
de 16,4% e o faturamento fechou em R$ 5 bilhões.
O desempenho desse segmento está atrelado ao aumento do poder aquisitivo
das classes C e D. Para elas,
matricular os filhos nesses
cursos técnicos é uma forma
de capacitá-los para o primeiro emprego.
Só depois, quando já frequentam o ensino superior
pagando os estudos com o
salário, é que eles passam a
estudar idiomas.
O ensino de idiomas era o
carro-chefe do Multi, mas,
nos últimos anos, as receitas
dos cursos profissionalizantes já cresciam acima da média, somando 7% do total.
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