|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dentista cria rede com mais de 100 clínicas
Fortalecimento das classes C, D e E impulsiona negócios da Sorridents, que já atendeu mais de 1 milhão de pacientes
Empresa, que começou com uma cadeira alugada na periferia de SP, faturou R$ 120 mi no ano passado
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
A dentista recém-formada
de 21 anos, de uma família de
baixo poder aquisitivo do interior de São Paulo, já considerava grande o plano que tinha depois de tirar o diploma: montar uma clínica na
periferia paulistana. Chegou
bem mais longe.
Carla Renata Sarni, hoje
com 36 anos, é dona da Sorridents, rede de serviços odontológicos voltada para as
classes C, D e E.
Com 1 milhão de pacientes
atendidos, faturou R$ 120 milhões em 2009 -50% mais
que em 2008. E a meta é crescer 20% em 2010.
A rede, com 111 unidades
em funcionamento em oito
Estados -considerando 42
clínicas próprias e as franquias-, nasceu em 1995 com
uma cadeira de dentista alugada na sobreloja de uma padaria na Vila Cisper, zona leste da capital paulista.
A cadeira era antiga, com
uma alavanca manual para
fazer subir e descer, mas por
ela passavam cerca de 300
pacientes por mês. Todos
com origem social próxima à
da dentista que os atendia.
Conhecer bem o público-alvo, os detalhes da rotina de
trabalho e sempre "pegar no
pesado" foi um trunfo para
expandir os negócios, afirma
Sarni.
A trajetória da empresária
começou cedo. Para ajudar a
pagar a faculdade em Alfenas (MG), a estudante vendia
roupas aos colegas.
Desde o início, Sarni diz
que fez questão de usar materiais "de primeira linha" no
consultório. "Era um diferencial e chamava a atenção da
clientela", afirma.
Para atrair a freguesia de
baixa renda, o caminho foi
facilitar os pagamentos em
até 12 meses.
Depois de um ano e meio
na Vila Cisper, veio o salto.
Com financiamento, nascia a clínica número um da
Sorridents, com 12 salas e alta tecnologia.
Atualmente, todas as unidades da rede contam com
profissionais de 19 especialidades.
Com o crescimento da rede, Sarni reduziu os atendimentos como dentista.
"Hoje, só pego alguns casos complicados de cirurgia", diz a presidente da rede, que, de gestão, aprendeu
tudo na prática- fez apenas
um curso de uma semana no
no Sebrae (Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) há dois anos.
Texto Anterior: Controlador da Wizard compra a Microlins Próximo Texto: Grupo avança no Nordeste com demanda maior Índice
|