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TAM agrada a minoritário por fusão com a LAN
Empresa brasileira propõe troca de ações por papéis da nova empresa
TAM pretende fechar capital; plano é de volta de papéis à Bolsa de SP como BDRs, negociados também no exterior
TONI SCIARRETTA
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
Para viabilizar a fusão societária com a LAN, a TAM
pretende fechar o capital e
extinguir o registro de companhia aberta no Brasil.
A empresa vai fazer uma
oferta pública para os acionistas minoritários trocarem
suas ações pelos papéis da
nova empresa, que será chamada Latam Airlines.
Esses papéis voltarão à
BM&FBovespa sob a forma
de BDR (recibos de ações estrangeiras), comuns de multinacionais com negócios no
país. E serão negociados
também no exterior.
As novas ações deverão ir
para o Novo Mercado da
BM&FBovespa, segmento de
alta transparência e de respeito aos minoritários.
As duas empresas buscam
agradar aos minoritários oferecendo a mesma relação de
troca, seja o acionista controlador ou minoritário, ou com
papel preferencial (sem voto)
ou ordinário (com voto).
Cada ação da TAM será trocada por 0,9 ação da LAN.
A operação confere aos minoritários o mesmo prêmio
recebido pelos controladores, algo só comum nas operações de fusão e aquisição
entre empresas do Novo Mercado da BM&FBovespa .
O fechamento de capital
no Brasil depende da adesão
de 95% dos acionistas minoritários; sem isso, a empresa
continuará listada no Brasil,
apesar de o papel ter baixíssima liquidez.
Aparentemente, a operação não vazou no Brasil e foi
divulgada com o mercado em
plena atividade.
Os papéis PN da TAM estavam em baixa até as 16h20,
refletindo o mau desempenho da empresa por conta
dos resultados fracos no primeiro semestre -prejuízo de
R$ 154,1 milhões no segundo
trimestre; no mesmo período
de 2009, havia lucrado R$
555,1 milhões.
A partir das 16h20, o papel
saltou cerca de 6% até encerrar o dia com valorização de
27%. A confirmação do negócio só aconteceu às 16h52,
quando o comunicado oficial
chegou à CVM (Comissão de
Valores Mobiliários).
Analistas dizem que a alta
de 27% dos papéis da TAM na
Bolsa brasileira no final do
pregão foi um forte sinal de
que a operação está sendo
encarada como positiva.
E um indício de que os
acionistas minoritários devem aprovar o negócio.
O banco BTG Pactual assessorou a TAM e o JPMorgan, a LAN. Segundo Antonio Corrêa Meyer, do escritório de advocacia Machado
Meyer, que assessorou a
TAM, a formatação da fusão
durou pouco mais de dois
meses. "As negociações são
antigas; há muitos anos LAN
e TAM são amigas e conversam sobre o assunto", disse.
Pelo lado da LAN, o escritório contratado foi o Pinheiro Neto.
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