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Eike vende por US$ 700 mi 11% da mineradora MMX a coreanos
Empresário articula venda de 20% a 30% dos sete campos de exploração da OGX até outubro
Eike compara MMX à Vale; operação na bacia de Campos atingirá "no mínimo, US$ 7 bi", o que ele acha que é até pouco
PEDRO SOARES
CIRILO JUNIOR
DO RIO
O empresário Eike Batista
anunciou ontem a venda de
uma participação minoritária de 11% da mineradora
MMX à coreana SK Networks
por US$ 700 milhões.
Os recursos serão investidos na compra do porto do
Sudeste (Itaguaí-RJ), da LLX,
-empreendimento também
de propriedade de Batista e
por onde será escoado o minério de ferro produzido em
Minas Gerais pela MMX.
A empresa coreana atua
na comercialização de minério de ferro e outras commodities na Ásia e busca garantia de fornecimento de longo
prazo do produto.
Para abrir espaço à SK, Batista cedeu a ela o direito de
preferência no aumento de
capital da MMX, a ser realizado até fim do ano para quitar
a compra do porto.
Se os demais acionistas da
mineradora aderirem à operação, serão captados até
US$ 2,2 bilhões, incluindo o
aporte da SK.
Os atuais acionistas da
LLX receberão como pagamento até US$ 504 milhões
em dinheiro ou em ações da
MMX, e US$ 1,8 bilhões em
debêntures -que terão remuneração anual de US$ 5
por tonelada de minério embarcado no porto.
Após a conclusão de todas
as etapas da transação, Batista ficará com 35% da MMX,
mas manterá o controle.
Não há acordo de acionistas prevendo gestão compartilhada da companhia de Eike nem com a SK, com 11%
da empresa, nem com a siderúrgica chinesa Wisco, dona
de 20% da mineradora. Os
demais 34% das ações da mineradora MMX estão em circulação no mercado.
A Wisco investiu US$ 400
milhões na MMX em fevereiro, usados para abater dívidas da mineradora. Atualmente, a MMX produz 11 milhões de toneladas de minério de ferro -cerca de 3% da
capacidade da Vale. A meta é
atingir 46 milhões de toneladas em 2015.
Em construção, o porto escoará 50 milhões de toneladas anuais.
Apesar da distância, Batista disse ontem que o negócio
faz da MMX "uma quase Vale". Abre ainda, diz, "uma
autoestrada para o acesso ao
mercado coreano" e permite
integrar extração e logística
de minério numa mesma empresa -modelo da Vale.
PETRÓLEO
Batista se prepara, porém,
para fechar um negócio muito maior do que o que foi
anunciado ontem.
O executivo articula a venda de 20% a 30% de participação dos sete campos de exploração de petróleo da OGX
na bacia de Campos.
O empresário disse que a
transação deve ser concluída
em outubro e será de "no mínimo" US$ 7 bilhões -valor
que considerou "pouco", dada a qualidade dos campos.
Afirmou ainda que "todas
as grandes petroleiras do
mundo" estão de olho nos
blocos e confirmou negociações com as estatais chinesas
CNOOC e Sinopec.
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